A Santa Sé solicita ás Nações Unidas,respostas eficazes,a nivel mundial,aos problemas
da juventude.
A Santa Sé pediu às Nações Unidas que identifique e dê resposta às problemáticas que
enfrentam no mundo os jovens, dentre os quais 200 milhões vivem na pobreza, 130 milhões
são analfabetos, 88 milhões estão desempregados e 10 milhões vivem com HIV/SIDA.
Estes são alguns dos dados contidos no relatório sobre a juventude mundial 2005 elaborado
pelo secretário-geral do organismo das nações para o 60º período de sessões. Incluí
uma avaliação do trabalho realizado, a dez anos de aprovação do Programa de Acção
Mundial para os Jovens até o ano 2000 e anos seguintes.
Consciente das aspirações dos jovens, a delegação da Santa Sé fez seguimento «cuidadosamente»
dos desenvolvimentos desde o lançamento de tal Programa, que assinala dez áreas de
acção relativas a temas que afectam os jovens (pobreza, educação, «emprego», «os jovens
e o meio ambiente», «distribuição», «os jovens e sua participação na adopção de decisões»,
«saúde», «drogas», «delinquência juvenil», «a menina e a mulher jovem»).
Assim confirmou o chefe da delegação da Santa Sé na ONU, Francisco Dionísio, na sua
intervenção de quinta-feira passada na 60ª sessão sobre o «Programa de Ação Mundial
para os jovens até o ano 2000 e mais além».
Àquelas áreas somaram-se outras cinco surgidas desde a aprovação do Programa-- no
informe do secretário-geral: «globalização», «tecnologia da informação e a comunicação»,
«o virus da imunodeficiência humana/síndrome de imunodeficiência adquirida (HIV/SIDA)
e os jovens», «os jovens e os conflitos» e «relações entre as várias gerações.
Afirmando sua constância no pleno compromisso para com os jovens, a delegação da Santa
Sé recordou --aludindo à juventude, à economia global, à pobreza, à educação e ao
emprego-- que «actualmente no mundo há mais de 196 mil escolas católicas de educação
primária e secundária às quais vão mais de 51 milhões de crianças e jovens».
Também «existem quase mil universidades católicas, colégios superiores e outros institutos,
que educam mais de quatro milhões de jovens maiores de idade», acrescentou o chefe
da delegação da Santa Sé.
Através destes números mostrou que «os jovens são ajudados a receber a educação que
merecem e alentados a que a proporcionem por sua vez a outros».
E no que diz respeito «a jovens em risco, saúde, drogas, delinquência e discriminação
contra meninas e mulheres jovens», a Igreja vai ao encontro actualmente com quase
12 mil hospitais e instituições de atenção à saúde e medicina preventiva em todo o
mundo.
Os jovens são claramente tratados como membros preciosos e vulneráveis da sociedade»,
confirmou o chefe da delegação da Santa Sé na sua intervenção.
Segundo afirmou perante a ONU, «a capacidade para realizar os objectivos específicos
das dez prioridades reduz-se ao compromisso».
«Sabemos que vivemos num mundo complexo e complicado, e muitos jovens sabem que tal
compromisso requer três coisas: reconhecer necessidades, especialmente nos membros
mais pobres do nosso mundo, planear uma resposta e levá-la a cabo», assinala.
«A Santa Sé pede á ONU que prossiga na identificação das necessidades das pessoas
jovens do mundo, especialmente dos mais pobres e fracos entre eles», acrescentou,
sugerindo à organização um trabalho conjunto «com a comunidade internacional para
desenvolver respostas realistas, apropriadas, imediatas e a longo prazo».