Os Bispos de todo o mundo reunidos no Vaticano comemoraram, no passado sábado, o 40º
aniversário da Instituição do Sínodo dos Bispos.
Esta instituição permanente nasceu como resposta aos anseios dos padres do II Concílio
do Vaticano, como forma de manter vivo o espírito de colegialidade nascido na experiência
conciliar. No dia 15 de Setembro de 1965 foi aprovado o Motu Proprio “Apostolica sollicitudo”,
que instituía oficialmente o Sínodo, serviço à comunhão e à colegialidade de todos
os Bispos com o Papa.
Apesar de ser uma instituição de carácter permanente, as funções e a colaboração concreta
do Sínodo não têm esse carácter: ele reúne-se e actua apenas quando o Papa considera
necessário e oportuno consultar o episcopado. A finalidade de cada assembleia sinodal
é a de viver uma experiência de colegialidade entre o episcopado e o Papa. Este, ao
aceitar as sugestões ou conclusões de determinada assembleia, permite que o episcopado
exerça uma actividade colegial que se aproxima, sem coincidir, com a de um Concílio
Ecuménico.
Na cerimónia de sábado passado
, durante a XI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo, D. Nikola Eterović falou da Instituiç
ão como “uma expressão privilegiada da colegialidade episcopal”.
O secretário-geral do Sínodo defendeu que esta é uma ocasião para “aprofundar a natureza
teológico e jurídica desta Instituição”, considerando que, ao longo das últimas quatro
décadas, o Sínodo dos Bispos “teve o grande mérito de desenvolver a dimensão sinodal
do
corpus episcoporum
, de fomentar a colegialidade episcopal entre os Bispos e com o Santo Padre, num ambiente
de profunda comunhão eclesial”.