2005-10-09 14:54:49

Bento XVI convida a não reduzir a fé a sentimento privado e a não escondê-la.Recorda o exemplo do beato Clemens von Galen que protegeu hebreus e pessoas débeis.Convida a rezar pelo Sinodo para que produza os frutos esperados.Pede á comunidade internacional que seja generosa nas ajudas ás vitimas do terramoto no Paquistão e reza pelas vitimas das inundações na América Central


Antes da recitação do Angelus, Bento XVI falou do beato Von Galen, elevado ás honras dos altares durante a celebração eucarística presidida na Basílica de S. Pedro pelo cardeal D. José Saraiva Martins, salientando que a fé não se reduz a um sentimento privado, que quem sabe que se deve esconder quando se torna incomoda, mas implica a coerência e o testemunho também em âmbito público a favor do homem, da justiça, da verdade. Intrépido opositor do regime nazista, Von Galen “em nome de Deus, denunciou a ideologia neo-pagã do nacional socialismo, defendendo a liberdade da Igreja e os direitos humanos gravemente violados, protegendo os hebreus e as pessoas mais débeis, que o regime considerava refugo que se deve eliminar.
Aos milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro o Papa pediu orações pelo Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia que decorre no Vaticano até ao próximo dia 23, para que possa dar os frutos esperados. Bento XVI disse ter presidido as reuniões da primeira semana de trabalhos e que isso constituirá o seu principal empenho também nas duas próximas semanas.
Neste mês de Outubro no qual cada comunidade eclesial é chamada a renovar o próprio empenho missionário, o Papa convidou a retomar aquilo que João Paulo II escreveu na quarta parte da Carta Apostólica “Mane nobiscum Domine” a propósito da Eucaristia como principio e projecto de missão : o encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística, suscita na Igreja e em cada cristão a urgência de testemunhar e de evangelizar.
Bento XVI confiou esta intenção à intercessão de Maria Santíssima e de São Daniel Comboni que amanhã será recordado na liturgia. Ele, que foi insigne evangelizador e protector do continente africano, ajude a Igreja do nosso tempo a responder com fé e com coragem ao mandato do Senhor Ressuscitado, que a envia a anunciar a todos os povos o amor de Deus
O Papa profundamente entristecido, manifestou a sua dor pelas vitimas do terramoto que causou grandes prejuízos e muitas vitimas no Paquistão, India e Afeganistão. Confio ao amor misericordioso de Deus todos aqueles que morreram – disse Bento XVI falando em inglês depois da recitação do Angelus – e o meu pensamento afectuoso vai aos milhares de feridos e a quem perdeu os seus queridos.
O Papa pediu que a comunidade internacional responda generosamente ao desastre, e ao Senhor pediu que dê força e coragem a todos aqueles que se encontram empenhados nas operações de socorro e reconstrução.
Falando em espanhol, Bento XVI recordou também as vitimas dos desastres naturais na América Latina.







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