2005-10-06 15:33:34

SÍNODO: BISPOS ENTRAM NA FASE DO DEBATE NOS GRUPOS LINGÜÍSTICOS


Cidade do Vaticano, 05 out (RV) – A agenda do terceiro dia da XI Assembléia Sinodal, hoje, no Vaticano, teve como destaque o encontro dos grupos lingüísticos. Os 256 padres sinodais dividiram-se em seis grupos, cada qual com discussões e debates num dos seis idiomas oficiais do encontro. O Papa não participou dos trabalhos da parte da manhã, devido à Audiência Geral das quartas-feiras.

Ao fim do encontro dos grupos lingüísticos, esta tarde, os porta-vozes dos padres sinodais anunciaram a decisão de resumir o conteúdo das intervenções livres de cada padre, durante os debates, sem fornecer mais detalhes sobre as participações.

A decisão de não revelar as opiniões dos padres sinodais à imprensa seria uma forma de deixar os participantes da Assembléia do Sínodo mais livres para intervir.

As intervenções livres têm uma hora de tempo para ser feitas, ao fim dos trabalhos e representam uma das novidades introduzidas por Bento XVI. Os bispos logo demonstraram interesse pela idéia e, em apenas dois dias de encontros, 25 deles se inscreveram para falar.

Nesta quarta-feira, repercutiu intensamente na imprensa italiana, a intervenção de ontem, do novo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Arcebispo Dom William Levada. Ele condenou os políticos italianos que defendem a prática do aborto.

No balanço desses três dias da Assembléia do Sínodo, alguns dos temas centrais do encontro foram o reduzido número de padres; a dificuldade dos divorciados e casados pela segunda vez que não podem comungar; e a diversidade de estilos na condução dos ritos eucarísticos. (RW)

Outro ponto relevante abordado nos trabalhos da Assembléia do Sínodo foi o declínio da confissão. Um dos participantes a tratar do tema foi o Bispo de Vilkaviskis, Lituânia, Dom Rimantas Norvila, que colocou em debate uma realidade da Igreja no Ocidente, especialmente no Brasil.

Na opinião do prelado, o enfraquecimento da confissão fragiliza as relações dos fiéis com suas comunidades e faz com que os cristãos procurem satisfazer sua necessidade de religião, por meio do esoterismo. Dom Norvila alertou que a fé cristã e a prática eucarística já começam a perder espaço para o ocultismo.

"Como vemos na sociedade moderna _ observou Dom Norvila _ existem muitas pessoas adeptas da prática esotérica, da magia, do ocultismo. Isso permite que essas pessoas criem laços sociais que afastam os fiéis da Igreja, do pensamento católico e fragilizam a fé." (RW)
 







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