2005-10-05 16:50:28

"GESTAPO VERMELHA" ESPIONAVA CARDEAL RATZINGER


Cidade do Vaticano, 04 out (RV) - O jornal alemão "Bild am Sonntag" revelou, no último fim de semana, que Bento XVI foi espionado pelo serviço secreto da antiga Alemanha Oriental, durante 15 anos. Todos os passos e idéias do então teólogo e Cardeal Joseph Ratzinger estão descritos num dossier secreto, agora tornado público pelo governo alemão, com a autorização do Pontífice.

Os comunistas alemães vigiaram o Papa, de 1974 a 1989, quando a queda do Muro de Berlim decretou o fim do regime autoritário que governava a fração leste da Alemanha, hoje unificada. A principal preocupação da "gestapo vermelha" eram os ideais anticomunistas de Ratzinger.

Descrito já no primeiro informe do dossier como “um dos maiores adversários do comunismo no Vaticano”, o então Cardeal Joseph Ratzinger era visto como uma pessoa tímida, embora seu caráter irradiasse fascínio, calor humano e simpatia.

A atenção sobre Ratzinger foi redobrada em 1979, com a eleição do Cardeal Wojtyla à cátedra de Pedro, como João Paulo II.

Escolhido pelo amigo Karol Wojtyla para presidir a Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Ratzinger _ na perspectiva do serviço secreto _ seria capaz de posicionar a Igreja na América Latina contra o comunismo. Por isso, ao menos oito agentes tinham o trabalho de recolher informações sobre ele.

Dessas oito pessoas, duas foram identificadas. São conhecidos os nomes de um sacerdote _ ainda vivo _ e de um frade beneditino _ já falecido. Na tentativa de desqualificar as posições do Cardeal Ratzinger, o serviço secreto alemão chegou a investigar supostas ligações dele com o Nazismo, mas uma nota acrescentada ao próprio dossier concluiu que a tese não tinha fundamento. (RW)







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