Em Portugal decorre a semana nacional da educação cristã.
Decorre em Portugal a Semana Nacional da educação cristã.
A escola católica em Portugal abrange um universo de cerca de 85 mil alunos, distribuídos
por 600 escolas dos diversos graus de ensino. Com estas instituições, a Igreja procura
criar um ambiente em que a cultura humana e os horizontes de vida tenham um paradigma
cultural preciso: Jesus Cristo.
A escola não é católica por nela estarem presentes determinados traços complementares
de formação da fé e expressão religiosa, mas por ser um serviço às pessoas, à sociedade
e à cultura, segundo o paradigma que a inspira.
Este trabalho é feito apesar das dificuldades colocadas por uma visão profundamente
estatizante da educação, na qual o ensino livre - nomeadamente a escola católica -
são tolerados e considerados supletivos relativamente à escola do Estado. A liberdade
de educação e a igualdade jurídica entre escolas do Estado e escolas privadas são
uma das principais urgências apresentadas nas tomadas de posição da Comissão Episcopal
para a Educação Cristã nos últimos anos.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. Tomaz Silva Nunes, presidente da referida Comissão,
confessou que “ao nível da escola católica, consideramos que o sector precisa de uma
revitalização grande, entrando em diálogo com as associações do ensino particular
e cooperativo para conhecer os problemas e intervir”.
A Igreja tem-se batido para que o Estado Português crie as condições financeiras para
que as escolas católicas possam assumir a missão que lhes é confiada pela Igreja e
solicitada pelos pais em igualdade de condições com os financiamentos concedidos às
escolas de que é proprietário.
Ao mesmo tempo, tem fomentado uma reflexão interna sobre o lugar da escola na sociedade
actual e, no caso concreto, discernir os contornos duma escola católica. Recentemente,
D. Jorge Ortiga, presidente da CEP, afirmou que “só um pluralismo de escolas torna
possível o exercício dum direito fundamental e é neste pluralismo que a Igreja oferece
a sua contribuição específica que deveria ser enriquecedora e nunca em concorrência
ou conflito”.