MENINAS PRIVADAS DO ENSINO, APENAS POR PERTENCEREM AO SEXO FEMININO
Madri, 1º out (RV) - Um informe da organização internacional "Save the Children"
chama a atenção para os 58 milhões de meninas que se vêem privadas da educação não
só pela pobreza, mas, em muitos casos, também pelo fato de pertencerem ao sexo feminino.
Uma menina não escolarizada tem muito mais possibilidades de viver na pobreza,
casar-se cedo, morrer durante o parto, perder um filho por causa de doenças ou ter
muitos partos consecutivamente. Num país em desenvolvimento, um ano a mais de ensino
escolar para as meninas implicaria salvar a vida de pelo menos 60 mil crianças.
A
educação das meninas é a chave para mudar o destino de uma Nação, afirma Alberto Soteres,
Diretor-geral da "Save the Children"-Espanha: "A importância da educação primária
é tão óbvia, que é difícil entender porque tantas crianças, especialmente meninas,
não vão à escola."
Além disso, os filhos de mães sem formação correm duas
vezes mais perigo de morte ou desnutrição, que os filhos de mães com educação secundária
ou superior.
Um ano adicional de ensino pode ter um efeito de onda expansiva
em todas as partes de una Nação. O resultado seria o seguinte: dezenas de milhares
de vidas salvas devido a índices de mortalidade materna e infantil inferiores. Além
disso, a erradicação do analfabetismo reduz também a vulnerabilidade à AIDS. (CM)