2005-09-30 17:30:38

GOVERNO CHINÊS REPRIME AINDA MAIS IGREJA CATÓLICA


Pequim, 29 set (RV) - O governo de Hebei, China, lançou uma nova ofensiva contra a Igreja Católica chamada "clandestina" em toda a região. A Igreja Católica assim denominada, não aceita os ditames do Partido Comunista e permanece fiel a Roma e ao Papa.


A agência de notícias AsiaNews denuncia que, apesar dos sinais de progresso registrados nas relações entre China e Vaticano, a campanha do governo de Hebei tem como objetivo, registrar os católicos, sobretudo bispos e sacerdotes, no Escritório Estatal de Assuntos Religiosos, ou seja, na Associação Católica Patriótica, que seria a Igreja Católica "oficial", porque controlada pelo governo de Pequim.


Na China, o governo permite a prática religiosa, mas exclusivamente com pessoal reconhecido e em lugares registrados na Associação Católica Patriótica.


Hebei é a região desse país asiático, com maior densidade de católicos: mais de um milhão e meio, e os católicos "clandestinos" são uma forte maioria.

De acordo com a agência do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME) representantes do governo disseram aos bispos "não-oficiais" que, de agora em diante, para administrar os sacramentos, o clero deverá ter uma autorização especial concedida pelo governo.


Os bispos responderam que eles até podem aceitar a "carteirinha" do governo, mas que é impossível pedir-lhes que se unam à força, à Associação Católica Patriótica que, como recorda a AsiaNews, "é uma organização a serviço do Partido Comunista chinês, para controlar os fiéis". Um dos objetivos estabelecidos em seu estatuto, é fazer crescer e florescer uma Igreja nacional, independente da Santa Sé.


A agência alerta que "enquanto a China aguarda as Olimpíadas e progride no século XXI, em Hebei, a perseguição recorda ainda o estilo do Partido Comunista dos anos 50, sob a direção de Mao Tsé-tung". (CM)








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