BENTO XVI AGRADECE AOS RELIGIOSOS PELO TESTEMUNHO DE SANTIDADE QUE DÃO NO MUNDO
Cidade do Vaticano, 29 set (RV) - A Igreja reconhece o testemunho de santidade
oferecido no mundo, por tantos religiosos que fazem o bem a todos, geralmente em silêncio,
e por vezes pagando com a própria vida, sua fidelidade a Cristo.
Foi o que
disse o Papa, na mensagem enviada à plenária da Congregação para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, realizada nos dias passados, por
ocasião do 40º aniversário da promulgação do decreto conciliar "Perfectae caritatis",
sobre a renovação da vida religiosa.
"Estão junto aos jovens e às suas famílias,
aos pobres, aos anciãos, aos doentes e às pessoas solitárias. Não existe âmbito humano
e eclesial onde os religiosos e as religiosas não estejam presentes, de modo habitualmente
silencioso, mas sempre ativo e criativo, quase uma continuação da presença de Jesus
que passou fazendo o bem a todos."
O Papa expressou o reconhecimento da Igreja
"pelo testemunho de fidelidade e de santidade dado por tantos membros dos Institutos
de Vida Consagrada… por suas vidas vividas a serviço do Povo de Deus".
"Hoje,
nos mosteiros e nos centros de espiritualidade _ disse Bento XVI _ monges, religiosos
e pessoas consagradas oferecem aos fiéis, oásis de contemplação e escolas de oração,
de educação à fé e de acompanhamento espiritual."
"Sobretudo, porém, eles
continuam a grande obra de evangelização e de testemunho em todos os continentes,
na vanguarda da fé, com generosidade e muitas vezes com sacrifício da vida até o martírio.
Muitos deles se dedicam inteiramente à catequese, à educação, ao ensino, à promoção
da cultura e ao ministério da comunicação."
"Não faltam certamente provas e
dificuldades na vida consagrada de hoje _ acrescentou o Pontífice _ assim como nos
outros setores da vida da Igreja."
De fato, "o grande tesouro do dom de Deus
é custodiado em frágeis vasos de argila e o mistério do mal incide também aqueles
que dedicam a Deus toda a sua vida".
O Papa convidou também a jamais ceder
"ao pessimismo e ao cansaço" e a não sucumbir "à tentação de se dobrar sobre si mesmo",
se dando por satisfeito com o que já foi feito.
"O fogo do amor, que o Espírito
infunde nos corações" impulsiona, ao invés, "a interrogar-se constantemente sobre
as necessidades da humanidade e sobre como responder a essas necessidades, sabendo
bem que somente quem reconhece e vive o primado de Deus, pode realmente responder
às verdadeiras necessidades do homem, imagem de Deus".
Bento XVI mencionou
em seguida, a temática que esteve, nestes dias, no centro da plenária: a autoridade
e observância da regra. A verdadeira obediência _ disse ele _ jamais é "contrária
à liberdade dos filhos de Deus", mas, pelo contrário, os torna conformes a "Cristo,
obediente ao Pai".
O Santo Padre tratou também do tema do discernimento e
da aprovação de novas formas de vida consagrada, e falou sobre o novo impulso da experiência
monástica no novo milênio, experiência "da qual também hoje, a Igreja precisa, porque
reconhece nela, o testemunho eloqüente do primado de Deus, constantemente louvado,
adorado, servido e amado com toda a mente, com toda a alma, com todo o coração".
Bento
XVI reiterou que "não se pode ter uma autêntica retomada da vida religiosa, a não
ser procurando conduzir uma existência plenamente evangélica, sem nada antepor ao
único Amor, mas encontrando em Cristo e em Sua palavra, a essência mais profunda de
todo carisma do fundador ou da fundadora". (RL)