2005-09-30 17:21:37

BENTO XVI AGRADECE AOS RELIGIOSOS PELO TESTEMUNHO DE SANTIDADE QUE DÃO NO MUNDO


Cidade do Vaticano, 29 set (RV) - A Igreja reconhece o testemunho de santidade oferecido no mundo, por tantos religiosos que fazem o bem a todos, geralmente em silêncio, e por vezes pagando com a própria vida, sua fidelidade a Cristo.

Foi o que disse o Papa, na mensagem enviada à plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, realizada nos dias passados, por ocasião do 40º aniversário da promulgação do decreto conciliar "Perfectae caritatis", sobre a renovação da vida religiosa.

"Estão junto aos jovens e às suas famílias, aos pobres, aos anciãos, aos doentes e às pessoas solitárias. Não existe âmbito humano e eclesial onde os religiosos e as religiosas não estejam presentes, de modo habitualmente silencioso, mas sempre ativo e criativo, quase uma continuação da presença de Jesus que passou fazendo o bem a todos."

O Papa expressou o reconhecimento da Igreja "pelo testemunho de fidelidade e de santidade dado por tantos membros dos Institutos de Vida Consagrada… por suas vidas vividas a serviço do Povo de Deus".

"Hoje, nos mosteiros e nos centros de espiritualidade _ disse Bento XVI _ monges, religiosos e pessoas consagradas oferecem aos fiéis, oásis de contemplação e escolas de oração, de educação à fé e de acompanhamento espiritual."

"Sobretudo, porém, eles continuam a grande obra de evangelização e de testemunho em todos os continentes, na vanguarda da fé, com generosidade e muitas vezes com sacrifício da vida até o martírio. Muitos deles se dedicam inteiramente à catequese, à educação, ao ensino, à promoção da cultura e ao ministério da comunicação."

"Não faltam certamente provas e dificuldades na vida consagrada de hoje _ acrescentou o Pontífice _ assim como nos outros setores da vida da Igreja."

De fato, "o grande tesouro do dom de Deus é custodiado em frágeis vasos de argila e o mistério do mal incide também aqueles que dedicam a Deus toda a sua vida".

O Papa convidou também a jamais ceder "ao pessimismo e ao cansaço" e a não sucumbir "à tentação de se dobrar sobre si mesmo", se dando por satisfeito com o que já foi feito.

"O fogo do amor, que o Espírito infunde nos corações" impulsiona, ao invés, "a interrogar-se constantemente sobre as necessidades da humanidade e sobre como responder a essas necessidades, sabendo bem que somente quem reconhece e vive o primado de Deus, pode realmente responder às verdadeiras necessidades do homem, imagem de Deus".

Bento XVI mencionou em seguida, a temática que esteve, nestes dias, no centro da plenária: a autoridade e observância da regra. A verdadeira obediência _ disse ele _ jamais é "contrária à liberdade dos filhos de Deus", mas, pelo contrário, os torna conformes a "Cristo, obediente ao Pai".

O Santo Padre tratou também do tema do discernimento e da aprovação de novas formas de vida consagrada, e falou sobre o novo impulso da experiência monástica no novo milênio, experiência "da qual também hoje, a Igreja precisa, porque reconhece nela, o testemunho eloqüente do primado de Deus, constantemente louvado, adorado, servido e amado com toda a mente, com toda a alma, com todo o coração".

Bento XVI reiterou que "não se pode ter uma autêntica retomada da vida religiosa, a não ser procurando conduzir uma existência plenamente evangélica, sem nada antepor ao único Amor, mas encontrando em Cristo e em Sua palavra, a essência mais profunda de todo carisma do fundador ou da fundadora". (RL)
 







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