2005-09-26 16:12:44

Bispos da UE e dos EUA reforçam parcerias


As comissões dos episcopados católicos da UE (COMECE) e dos EUA (USCCB) organizaram em Bruxelas, pela primeira vez, um encontro destinado a analisar as relações transatlânticas e a reforçar as parcerias entre os dois organismos.
A iniciativa, que decorreu na semana passada, apresentou uma reflexão conjunta sobre os maiores problemas da actualidade, mormente a segurança, a globalização, o diálogo inter-religioso, o desenvolvimento em África e o drama dos migrantes e refugiados.
“A intenção é promover um maior entendimento entre os EUA e a Europa”, disse o Cardeal McCarrick, Arcebispo de Washington e presidente da USCCB.
Os Bispos defenderam que a cooperação entre as duas partes é fundamental para que “a paz e a justiça triunfem sobre o conflito e o desespero no mundo”. Com este objectivo, apelaram a uma contínua comunicação e cooperação entre a COMECE e a USCCB para o bem comum de todos os povos.
Passados 10 anos sobre a Nova Agenda Transatlântica, assinada em Madrid, os organismos episcopais assinalaram que o mundo passou a enfrentar “novos e difíceis desafios”, que exigem respostas “nascidas de uma parceria forte e produtiva entre a UE e os EUA”.
O encontro de Bruxelas proporcionou, nesse sentido, a oportunidade para que os Bispos dos dois lados “delineassem um contributo construtivo para o diálogo, com base na experiência da Igreja na sociedade e da Doutrina Social católica, à medida que a UE e os EUA entram numa nova fase das suas relações”.
Os treze prelados reafirmaram o seu apoio explícito à Declaração do Desenvolvimento do Milénio, renovando os seus votos de que a ONU leve a cabo “as reformas necessárias para enfrentar os problemas que atingem os mais pobres e marginalizados”.
Sobre o papel da religião na vida pública e a relação entre Cristianismo e Islão, os Bispos frisaram que “a liberdade religiosa e o diálogo inter-religiosa são essenciais para assegurar a paz no mundo”. A COMECE e a USCCB defendem, em respeito pela separação dos papéis da Igreja e do Estado na sociedade, que “a religião não pode ser confinada a uma esfera privada, porque tem uma dimensão pública e um papel importante para que as pessoas cumpram a sua vocação de desempenhar uma missão responsável na vida pública”.







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