2005-09-24 17:43:36

APELO DA SANTA SÉ PELA PROIBIÇÃO TOTAL DAS EXPERIÊNCIAS NUCLEARES


Nova York, 23 set (RV) - "O uso das armas não deve produzir males e desordens mais graves do que o mal a ser eliminado": essa foi a advertência feita pelo Arcebispo Celestino Migliore, Observador Permanente da Santa Sé na ONU, na IV Conferência, em curso em Nova York, dos países que aderiram ao Tratado de Proibição Total dos Experimentos Nucleares.

Um Tratado aprovado nove anos atrás, pela Assembléia Geral da ONU, mas ainda não em vigor, pela rejeição da ratificação, por parte de 11 países de um grupo mais amplo, composto por 44 Estados, que têm programas nucleares.

Até agora, não ratificaram o Tratado, EUA, China, Paquistão, Índia, Coréia do Norte, Israel, Colômbia, Vietnã, Egito, Irã e Indonésia. Um "não" que pesa sobre toda a comunidade internacional, como lamentou na abertura da Conferência, o Secretário-geral da ONU, Kofi Annan, porque isso "aumenta o risco de que alguns, em qualquer parte do mundo, façam experiências com armas atômicas".

Dom Celestino Migliore endossou ontem, quinta-feira, essas palavras do Secretário-geral da ONU, recordando que 176 países assinaram o Tratado e 125 já o ratificaram. E isso demonstra "que a grande maioria dos Estados quer caminhar rumo a um mundo livre das armas atômicas".

Dom Celestino Migliore solicitou uma legislação internacional capaz de libertar o mundo da ameaça atômica, legislação da qual o Tratado de Proibição Total das Experiências Nucleares deveria ser "um pilar", "um encorajamento para sucessivas medidas, como a destruição sistemática de todas as ogivas atômicas e de seus vetores", reforçando a arquitetura de um novo regime de segurança para a humanidade. (RL)







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