Pactos de não violencia para as eleições em Angola
A Cáritas angolana propôs “pactos de não-violência” para as próximas eleições no país.
A proposta consta do comunicado final do encontro de formação nacional de construção
de paz e resolução de conflitos, promovido pelo braço humanitário da Igreja Católica.
O comunicado da organização apresenta quatro recomendações para além de referir problemas
sociais que expõem as comunidades ao risco de conflitos violentos.
O último encontro da Cáritas serviu ainda para renovar o compromisso dos actores eclesiásticos
para com a construção da paz no país. Também avaliou o alargamento da rede de construtores
de paz em toda Angola, por reunir pela primeira vez representantes de todo o país,
num total de 30 pessoas.
No quadro de recomendações ao governo, os participantes ao encontro formativo, pediram
«a elaboração de um manual de educação cívica eleitoral apartidário». O mesmo manual
deverá estar aberto a contribuições de outros sectores sociais.
No processo de integração social dos retornados, deslocados e ex-militares, pediram
que se tomasse em conta o justo enquadramento destes grupos, com dignidade humana.
Para o futuro os construtores de paz da Cáritas vão apostar na promoção da formação
a todos os níveis para reduzir o índice de conflitos em curso e trabalhar para a sua
transformação.
A promoção de encontros de aproximação comunitários, bem como incentivar a formação
que aponte para o perigo da posse de armas por civis, fazem parte do programa de acção
futuro dos actores de pacificação.
A sua formação decorreu à luz dos ensinamentos do Manual da Cáritas Internacional
em matéria de construção de paz e resolução de conflitos.
Apostolado