OLIMPÍADAS NA CHINA PODEM FACILITAR REAPROXIMAÇÃO COM A SANTA SÉ
Pequim, 20 set (RV) - As Olimpíadas na China poderão representar uma guinada
decisiva para a liberdade religiosa num país em que os cristãos vivem sob a permanente
ameaça de longas condenações na prisão. É o que indica um informe publicado pela obra
de direito pontifício "Ajuda à Igreja que Sofre".
O informe baseia-se nas
declarações do Bispo auxiliar de Hong Kong, Dom John Tong, que ressalta que os Jogos
de 2008 poderão contribuir para dar o ânimo de que tanto necessitam os fiéis chineses
perseguidos.
Ante as iminentes conversações China-União Européia sobre
direitos humanos, o Parlamento da União pediu à China que acabe com as duras sanções
contra as atividades religiosas, tais como prisões domiciliares, cárcere e demolição
dos edifícios religiosos.
As perspectivas para a liberdade religiosa no
país asiático continuam incertas, e existe confusão sobre a possibilidade de que quatro
bispos chineses possam obter a permissão para participar do Sínodo dos Bispos, em
outubro, em Roma.
Um dos delegados, o Bispo Joseph Wei Jingyi, de Qiqiher,
pertence à Igreja Católica denominada "clandestina", porque fiel ao Papa e à Igreja
de Roma. A hierarquia da Igreja Católica "clandestina" não é reconhecida pelo governo
de Pequim. A única Igreja Católica aceita pelo PC chinês _ porque é o partido a nomear
seus hierarcas _ é a Associação Católica Patriótica Chinesa. (CM)