2005-09-20 18:59:46

Vaticano indignado com acusações da procuradora do TPI


Com uma declaração da Sala de imprensa da Santa Sé, o Vaticano negou hoje, de forma veemente, estar envolvido em qualquer esquema de protecção ao general croata Ante Gotovina, acusado por crimes de guerra em 2001 pelo Tribuna Penal Internacional (TPI).
A acusação é produzida hoje pela procuradora do TPI, Carla Del Ponte, numa entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph intitulada “Vaticano acusado de proteger «criminoso de guerra»”.
O comunicado oficial, explica que o Arcebispo Giovanni Lajolo, secretário para as relações com os Estados, explicou à procuradora Del Ponte que “a Secretaria de Estado não é um órgão da Santa Sé que possa colaborar institucionalmente com os Tribunais”. Carla Del Ponte referira ao Telegraph que está na posse de informações “segundo as quais Ante Gotovina se esconde num mosteiro Franciscano, pelo que o Vaticano estaria a protegê-lo. Abordei esta questão com o Vaticano e eles recusam-se totalmente a cooperar connosco”.
Em resposta, o Arcebispo Lajolo pede, agora, que a procurador Del Ponte “indique com uma certa precisão que indícios estão na base da sua convicção de que o general Ante Gotovina está refugiado em determinado edifício religioso na Croácia, a fim de poder entrar em contacto com as competentes autoridades eclesiásticas”. O comunicado do Vaticano assegura que “as sondagens precedentes tiveram resultados negativos” e que Carla Del Ponte “ainda não correspondeu, de modo algum, ao pedido de D. Lajolo”.
A Igreja croata, por seu turno, negou todas as acusações de Carla Del Ponte “relativamente à Santa Sé e à Igreja Católica na Croácia”.
Anton Selic disse à agência Hina que “a Igreja não tem nenhuma informação quanto ao local onde se poderia encontrar o general fugitivo Gotovina”, declarando perceber “a frustração” da procuradora.







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