LIBERDADE RELIGIOSA NO CENTRO DAS ORAÇÕES DE BENTO XVI EM SETEMBRO
<”Que o direito à liberdade religiosa seja reconhecido pelos governos de todos os
povos da terra”. Essa é a síntese da intenção geral de oração de Bento XVI para o
mês de setembro.
Um tema delicado, destacado como “importante” pelo Papa há
uma semana durante a audiência com o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Hoshyar
Zebari.
China, Índia, Arábia Saudita, Nigéria são alguns dos países símbolos
das dificuldades que até agora persistem para as comunidades católicas em algumas
áreas do planeta, tanto do ponto de vista jurídico, quanto em relação à convivência.
Em
entrevista a Rádio Vaticano, o Subsecretário do Pontifício Conselho para o Diálogo
Inter-religioso, monsenhor Felix Anthony Machado explica que antes de tudo, é necessário
recordar que a liberdade religiosa é um comportamento.
VOZ DO MONSENHOR
MACHADO
“Para manter um diálogo respeitoso, baseado na dignidade, devemos
dar a possibilidade a cada pessoa de agir seguindo a própria consciência. Naturalmente,
isso não quer dizer relativismo da verdade, porque cada um tem o dever de procurar
a verdade”.
Monsenhor Felix Anthony Machado distingue dois tipos de privação
de liberdade religiosa, a individual e a comunitária e explica que é importante, antes
de qualquer análise, estar atento à dimensão social da religião.
VOZ DO
MONSENHOR MACHADO
“Nós, por exemplo, no diálogo com os muçulmanos tentamos
construir em primeiro lugar pontes de amizade, como diz Bento XVI, dar vida a uma
mútua confiança. Uma vez criada essa confiança temos que enfrentar a questão da liberdade
religiosa.
O Subsecretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso
mostra como exemplo a situação na Arábia Saudita, onde o governo permite aos cristãos
de se reunirem apenas privadamente. “É importante que os católicos tenham direito
de se reunir em comunidade, por exemplo, na Eucaristia dominical”, defendeu Monsenhor
Machado.