2005-08-26 16:50:42

CARDEAL MARTINO FAZ CONFERÊNCIA NO MEETING DO "COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO", EM RIMINI


Rimini, 25 ago (RV) - O Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", fez uma conferência, nesta terça-feira, durante o "Meeting da Amizade entre os Povos", que se realiza, em Rimini, Itália, com encerramento previsto para o próximo sábado.

Em sua conferência no encontro organizado pelo movimento "Comunhão e Libertação", o Cardeal Martino falou sobre o tema: "A serviço do homem moderno: a Doutrina social da Igreja". O cardeal ilustrou o conteúdo do "Compêndio da Doutrina Social da Igreja, redigido pelo Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz" e publicado recentemente.

Segundo o Cardeal Martino, os âmbitos prioritários do compromisso na sociedade, à luz das exigências evangélicas e das principais necessidades da humanidade, são a vida, a liberdade religiosa, a paz e os direitos humanos.

A defesa da vida, desde sua concepção até à morte natural, e sua promoção são de fundamental importância para a ação dos cristãos no âmbito social, frisou o Presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz".

"O direito à liberdade religiosa é o fundamento de todos os demais direitos" _ acrescentou o Cardeal Martino. "Só Deus garante o caráter inviolável do homem, feito à imagem e semelhança de Deus. A liberdade de consciência, assim como a religiosa, não nasce de uma reivindicação subjetiva, mas descende da realidade da dignidade humana e de sua vocação transcendente" _ anuiu.

No que se refere à paz, o Cardeal distinguiu o significado de "pacífico", "pacifista" e "pacificador". Pacífico é o indivíduo capaz, por dom de Deus e por virtude, de viver uma relação que não é de conflito consigo mesmo e com os demais. A paz é própria de homens pacíficos. Pacifista é um indivíduo bom, mas, se não for orientado por homens pacíficos, corre o risco de trair o objetivo da paz, convertendo-se em adepto de uma ideologia. E pacificador é um indivíduo pacifico, que entra em situações históricas de conflito para levar palavras, atitudes e soluções de paz.

Enfim, o pacificador ou "agente de paz" é guiado pelo amor, pois, como escrevia Santo Agostinho, "quem tem paz, ama".

O Cardeal Martino concluiu, afirmando que o critério principal da atenção aos direitos humanos deve ser o anúncio do fundamento transcendente da dignidade da pessoa, pois o verdadeiro humanismo é transcendente. (MT)







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