2005-08-26 16:46:32

BENTO XVI QUER MAIS DIÁLOGO ENTRE IGREJA E ESTADO NA VENEZUELA


Castel Gandolfo, 25 ago (RV) - Bento XVI recebeu hoje, as credenciais do novo Embaixador da Venezuela junto ao Vaticano _ Ivan Guillermo Rincón Urdaneta _ ocasião em que exortou a uma relação mais harmoniosa do clero venezuelano com o governo de Caracas.

O Santo Padre manifestou seu sentimento de proximidade e afeto ao povo venezuelano, rogando a Deus para que o país possa alcançar metas cada vez mais elevadas, de justiça, solidariedade e progresso dentro do espírito cristão.

Bento XVI recordou a "antiga e profunda tradição católica da Venezuela", citando as palavras do libertador _ Simon Bolívar _ e disse que a Santa Sé segue de perto os acontecimentos no país.

O Papa expressou seus melhores votos de que, durante o exercício de sua importante missão, as já tradicionais e históricas relações entre a Venezuela e a Santa Sé sejam fortalecidas com espírito de colaboração leal e construtiva.

Bento XVI lembrou que a Venezuela foi provida por Deus, de todos os recursos necessários para que a população possa levar uma vida digna. "Nessa tarefa _ salientou _ não podemos nos eximir de colaborar ativamente, especialmente contra o fenômeno da pobreza", enfatizou o Pontífice, recordando o constante trabalho da Igreja na Venezuela, que atua, muita vezes, com precários recursos humanos e materiais.

O Papa recordou que a Igreja Católica na Venezuela está envolvida em numerosas atividades de promoção humana em favor da vida, projetos de assistência médica e educacional, trabalhando lado a lado das camadas mais pobres da população.

Reconhecendo o trabalho feito pelo Presidente venezuelano, Hugo Chávez, Bento XVI disse estar consciente da importância que as autoridades públicas venezuelanas dão aos aspectos vitais para o desenvolvimento do país, através de programas de alfabetização, educação e saúde.

São atividades, segundo o Santo Padre, que requerem uma contribuição generosa da parte de todos os cidadãos e das diversas instituições do país, promovendo a solidariedade que, juntamente com uma ordem social justa e equilibrada, seja a melhor garantia de resultados duradouros.

"Para isso, é imprescindível o diálogo e o respeito entre todas os setores sociais, como de alcançar um consenso sobre os aspectos que concernem o bem comum" _ frisou o Papa, recordando as recentes tensões entre o governo e a oposição venezuelana.

A esse respeito, Bento XVI convidou os venezuelanos ao perdão e à reconciliação, condenando todo e qualquer tipo de comportamento agressivo.

O Papa também salientou a importância de cultivar os valores das liberdades fundamentais e de respeitar e promover esses valores, assegurando assim um desenvolvimento integral da sociedade.

No final de sua mensagem, Bento XVI colocou a Igreja Católica a serviço da sociedade venezuelana, afirmando que o Estado não deve temer a ação da Igreja Católica que, no exercício de sua liberdade, busca apenas levar a cabo sua missão religiosa, de contribuir com o progresso espiritual do país. (WM)







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