NA IGREJA DE SÃO PANTALEÃO, BENTO XVI TRAÇA UM PARALELO ENTRE OS SEMINARISTAS E OS
REIS MAGOS
Colônia, 19 ago (RV) - Na tarde desta sexta-feira, dando prosseguimento a sua
agenda de atividades, no âmbito desta sua primeira peregrinação apostólica internacional,
Bento XVI visitou a Igreja de São Pantaleão, onde se encontrou com cerca de dois mil
seminaristas provenientes de todas as partes do mundo.
No discurso que lhes
dirigiu, o Papa traçou um paralelo entre o início da missão do seminarista, que inicia
sua caminhada rumo a Cristo, e a figura dos Reis Magos, que foram em peregrinação,
prostrar-se diante do Menino Jesus.
"Eu quis que o programa deste XX Dia Mundial
da Juventude tivesse um encontro especial com os jovens seminaristas, para que ficasse
claro, de maneira explícita e forte, a dimensão vocacional, que está sempre presente
no Dia Mundial da Juventude" _ disse o Pontífice.
O Papa definiu os seminaristas
como "jovens que se encontram num período de forte busca de Cristo e de encontro com
Ele, em vista de uma importante missão na Igreja". "Este é o Seminário _ sublinhou
_ não tanto um lugar, mas um significativo tempo de vida de um discípulo de Jesus."
Bento
XVI recordou que os Reis Magos iniciaram sua caminhada, porque nutriam um forte desejo,
que os fez deixar tudo, para se colocar a caminho, como se estivessem esperando de
há muito tempo, aquela estrela-guia.
Segundo o Santo Padre, esse é o mistério
do chamado, da vocação; mistério que envolve a vida de cada cristão, mas que se manifesta
com maior evidência naqueles que Cristo convida a deixar tudo para segui-Lo de perto:
o seminarista.
O Santo Padre recordou que "o Seminário é um tempo destinado
à formação e ao discernimento" e, em seguida, explicou: "A formação, como se sabe,
tem diversas dimensões, que convergem na unidade da pessoa: ela compreende o âmbito
humano, espiritual e cultural."
O seu objetivo mais profundo é o fazer conhecer
intimamente aquele Deus que, em Jesus Cristo, mostrou o Seu rosto. "Para isso, é necessário
um estudo aprofundado das Sagradas Escrituras, assim como da fé na vida da Igreja,
na qual as Escrituras permanecem como palavra viva" _ frisou o Pontífice. O Papa
também lembrou que esse estudo, às vezes, pode parecer cansativo, mas constitui uma
parte insubstituível do nosso encontro com Cristo e da nossa chamada a anunciá-Lo.
(WM)