2005-08-23 18:24:05

EM JERUSALÉM, O SÍNODO GRECO-ORTODOXO ELEGE TEÓFILO COMO NOVO PATRIARCA


Jerusalém, 22 ago (RV) - Os 14 membros do Sínodo da Igreja Ortodoxa Grega de Jerusalém elegeram, por unanimidade, o Bispo Teófilo, de 53 anos, como novo Patriarca. Com a eleição, ele se torna Metropolita de Jerusalém e ocupa o lugar de Irineu I que o Sínodo pan-ortodoxo de Constantinopla, guiado pelo Patriarca Bartolomeu I, depusera de seu cargo, no dia 24 de maio passado.

O ex-patriarca havia tentado invalidar a reunião do Sínodo que elegeu seu sucessor, mas a Justiça de Jerusalém desconheceu o seu recurso.

O Metropolita Teófilo, de nacionalidade grega, serviu na Igreja do Santo Sepulcro e foi representante da Igreja Ortodoxa Grega em Moscou e no Qatar.

O Secretário-geral do Sínodo, Arcebispo Aristarchos, afirmou: "O nosso esforço foi o de eleger um Patriarca em condições de devolver prestígio ao nosso Patriarcado. Agora _ acrescentou _ nós nos sentimos mais fortes, para enfrentar e superar a crise e o escândalo criado por Irineu I."

Observadores da agência de notícias AsiaNews em Jerusalém, afirmam que o voto unânime em favor de Teófilo, mostra a unidade da comunidade ortodoxa frente à atitude de Irineu I, que ocupa ainda o palácio do Patriarcado e se nega a desocupá-lo.

Pe. Atanásio, franciscano da Terra Santa, responsável católica pelo Santo Sepulcro, declarou à AsiaNews que "o Bispo Teófilo é uma pessoa cordial e amiga". "Com ele _ disse ainda o franciscano _ está garantida uma boa colaboração entre católicos e ortodoxos. No passado, Teófilo, graças a seu cargo, muito colaborou para a manutenção do Lugar Santo."

A eleição deve ainda ser sufragada pelos governos da Palestina, Jordânia e Israel. A Palestina já fez saber que "respeitará a decisão sinodal" enquanto o governo jordaniano ainda não declarou sua posição: é conhecido o desagrado dos fiéis greco-ortodoxos de nacionalidade árabe diante da eleição de um líder de nacionalidade grega.
 O governo israelense até agora, não reconheceu sequer a deposição de Irineu I efetuada pelo Sínodo de Constantinopla. Sabe-se, por informação de um funcionário, que foi instituída uma comissão ministerial para estudar essa questão. (MZ)







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