EM JERUSALÉM, O SÍNODO GRECO-ORTODOXO ELEGE TEÓFILO COMO NOVO PATRIARCA
Jerusalém, 22 ago (RV) - Os 14 membros do Sínodo da Igreja Ortodoxa Grega de
Jerusalém elegeram, por unanimidade, o Bispo Teófilo, de 53 anos, como novo Patriarca.
Com a eleição, ele se torna Metropolita de Jerusalém e ocupa o lugar de Irineu I que
o Sínodo pan-ortodoxo de Constantinopla, guiado pelo Patriarca Bartolomeu I, depusera
de seu cargo, no dia 24 de maio passado.
O ex-patriarca havia tentado invalidar
a reunião do Sínodo que elegeu seu sucessor, mas a Justiça de Jerusalém desconheceu
o seu recurso.
O Metropolita Teófilo, de nacionalidade grega, serviu na Igreja
do Santo Sepulcro e foi representante da Igreja Ortodoxa Grega em Moscou e no Qatar.
O Secretário-geral do Sínodo, Arcebispo Aristarchos, afirmou: "O nosso esforço
foi o de eleger um Patriarca em condições de devolver prestígio ao nosso Patriarcado.
Agora _ acrescentou _ nós nos sentimos mais fortes, para enfrentar e superar a crise
e o escândalo criado por Irineu I."
Observadores da agência de notícias AsiaNews
em Jerusalém, afirmam que o voto unânime em favor de Teófilo, mostra a unidade da
comunidade ortodoxa frente à atitude de Irineu I, que ocupa ainda o palácio do Patriarcado
e se nega a desocupá-lo.
Pe. Atanásio, franciscano da Terra Santa, responsável
católica pelo Santo Sepulcro, declarou à AsiaNews que "o Bispo Teófilo é uma pessoa
cordial e amiga". "Com ele _ disse ainda o franciscano _ está garantida uma boa colaboração
entre católicos e ortodoxos. No passado, Teófilo, graças a seu cargo, muito colaborou
para a manutenção do Lugar Santo."
A eleição deve ainda ser sufragada pelos
governos da Palestina, Jordânia e Israel. A Palestina já fez saber que "respeitará
a decisão sinodal" enquanto o governo jordaniano ainda não declarou sua posição: é
conhecido o desagrado dos fiéis greco-ortodoxos de nacionalidade árabe diante da eleição
de um líder de nacionalidade grega. O governo israelense até agora, não reconheceu
sequer a deposição de Irineu I efetuada pelo Sínodo de Constantinopla. Sabe-se, por
informação de um funcionário, que foi instituída uma comissão ministerial para estudar
essa questão. (MZ)