2005-08-20 17:20:44

SACERDOTES COLOMBIANOS NÃO FORAM MORTOS PELAS FARC, COMO ACUSARA A POLÍCIA. ELN ASSUME A AUTORIA DO DELITO E PEDE PERDÃO


Bogotá, 20 ago (RV) - O Exército de Libertação Nacional, da Colômbia, admitiu hoje ter assassinado, "por engano", dois sacerdotes, no departamento nortista de Santander, e pediu perdão aos familiares dos mesmos assim como a todas as pessoas atingidas pelo ato. A notícia foi divulgada pela "Rádio Caracol", de Bogotá.

Num comunicado, o segundo maior grupo guerrilheiro do país _ o primeiro é constituído pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) _ confirmou "com profundo pesar, a morte acidental de Pe. Ramón Emílio Mora e Pe. Vicente Rosso Bayona, assim como dos trabalhadores José Carrascal e Edgar Vergel", ocorrida na última segunda-feira, ao longo da estrada que une os municípios de Teorama e Convención.

"Essas mortes _ explica o ELN em seu comunicado _ foram provocadas por nossas unidades de guerrilha, por erros de informação e de cálculos, erros que foram provocados pelas características próprias do conflito existentes naquela área do país."

Depois de ter pedido perdão aos familiares e amigos dos dois sacerdotes, a guerrilha recorda que a Igreja jamais foi um alvo militar, e dois outros sacerdotes _ Pe. Camilo Torres e Pe. Manoel Perez _ já desempenharam encargos de responsabilidade na organização guerrilheira.

Imediatamente após o assassinato dos dois sacerdotes, o comandante da polícia da região norte de Santander, José Humberto Henao, não hesitara em apontar o dedo acusador para as FARC, atribuindo a morte dos mesmos às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

O Secretário-geral da Conferência Episcopal da Colômbia, por sua vez, definira a morte dos dois sacerdotes como "um delito atroz". (AF)







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