2005-08-19 18:35:53

PAPA DESTACA O PAPEL DE DESTAQUE QUE A ALEMANHA DESEMPENHA NO DIÁLOGO ECUMÊNICO


Colônia, 19 ago (RV) - Na sede do Arcebispado de Colônia, para onde se dirigiu, terminado seu encontro com os seminaristas, na Igreja de São Pantaleão, o Papa se encontrou com 30 representantes das diversas confissões cristãs presentes na Alemanha.

No discurso que lhes dirigiu, Bento XVI recordou que a melhor forma de ecumenismo consiste em viver segundo o Evangelho.

O Papa começou afirmando que, por ser alemão, conhece bem a situação penosa que a da ruptura da unidade entre os cristãos comportou para as Igrejas cristãs. Por esse motivo, argumentou, após sua eleição, ele manifestou o firme propósito de assumir a recuperação da plena e visível unidade dos cristãos, como uma prioridade do seu pontificado.

O Santo Padre recordou o trabalho de seus predecessores na reconciliação das Igrejas cristãs: Paulo VI, com assinatura do decreto conciliar "Unitatis redintegratio", e João Paulo II, que fez do documento um dos pilares do seu pontificado.

Segundo Bento XVI, no diálogo ecumênico, a Alemanha ocupa um papel de destaque, pois não é apenas o país de origem da Reforma, mas um dos países de onde partiu o movimento ecumênico do século XX.

O Papa constatou que, com o passar do tempo, o diálogo suscitou na Alemanha, uma redescoberta da irmandade, e criou entre os cristãos das várias Igrejas e comunidades eclesiais, um clima aberto e de confiança.

"A irmandade entre os cristãos não é simplesmente um sentimento vago e nem nasce de uma forma de indiferença para com a verdade. Ela se funda na realidade sobrenatural do único Batismo, que nos insere no único Corpo de Cristo" _ refletiu.

Segundo o Santo Padre, uma prioridade urgente no diálogo ecumênico é constituída pelas grandes questões éticas deste nosso tempo. Por causa das contradições nesse campo, o testemunho evangélico e a orientação ética que devemos aos fiéis e à sociedade, perdem a força, assumindo características vagas.

O Papa concluiu seu discurso aos líderes das Igrejas cristãs da Alemanha ressaltando que o diálogo profundo pode se desenvolver somente num contesto de sincera e coerente espiritualidade, ou, como disse o pai do ecumenismo espiritual _ Paul Couturier _ um claustro espiritual, que recolhe dentro de seus muros as almas apaixonadas por Cristo e por sua Igreja. (WM)







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