PAPA DESTACA O PAPEL DE DESTAQUE QUE A ALEMANHA DESEMPENHA NO DIÁLOGO ECUMÊNICO
Colônia, 19 ago (RV) - Na sede do Arcebispado de Colônia, para onde se dirigiu,
terminado seu encontro com os seminaristas, na Igreja de São Pantaleão, o Papa se
encontrou com 30 representantes das diversas confissões cristãs presentes na Alemanha.
No discurso que lhes dirigiu, Bento XVI recordou que a melhor forma de ecumenismo
consiste em viver segundo o Evangelho.
O Papa começou afirmando que, por ser
alemão, conhece bem a situação penosa que a da ruptura da unidade entre os cristãos
comportou para as Igrejas cristãs. Por esse motivo, argumentou, após sua eleição,
ele manifestou o firme propósito de assumir a recuperação da plena e visível unidade
dos cristãos, como uma prioridade do seu pontificado.
O Santo Padre recordou
o trabalho de seus predecessores na reconciliação das Igrejas cristãs: Paulo VI, com
assinatura do decreto conciliar "Unitatis redintegratio", e João Paulo II, que fez
do documento um dos pilares do seu pontificado.
Segundo Bento XVI, no diálogo
ecumênico, a Alemanha ocupa um papel de destaque, pois não é apenas o país de origem
da Reforma, mas um dos países de onde partiu o movimento ecumênico do século XX.
O
Papa constatou que, com o passar do tempo, o diálogo suscitou na Alemanha, uma redescoberta
da irmandade, e criou entre os cristãos das várias Igrejas e comunidades eclesiais,
um clima aberto e de confiança.
"A irmandade entre os cristãos não é simplesmente
um sentimento vago e nem nasce de uma forma de indiferença para com a verdade. Ela
se funda na realidade sobrenatural do único Batismo, que nos insere no único Corpo
de Cristo" _ refletiu.
Segundo o Santo Padre, uma prioridade urgente no diálogo
ecumênico é constituída pelas grandes questões éticas deste nosso tempo. Por causa
das contradições nesse campo, o testemunho evangélico e a orientação ética que devemos
aos fiéis e à sociedade, perdem a força, assumindo características vagas.
O
Papa concluiu seu discurso aos líderes das Igrejas cristãs da Alemanha ressaltando
que o diálogo profundo pode se desenvolver somente num contesto de sincera e coerente
espiritualidade, ou, como disse o pai do ecumenismo espiritual _ Paul Couturier _
um claustro espiritual, que recolhe dentro de seus muros as almas apaixonadas por
Cristo e por sua Igreja. (WM)