2005-08-10 17:24:13

JMJ: Papa e juventude unidos há vinte anos


A aventura das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) começou em 1984. Mais de 300 mil jovens do mundo inteiro responderam ao convite do Papa João Paulo II para participarem, no Domingo de Ramos, na Praça de São Pedro, no Jubileu Internacional da Juventude. Naquele tempo, o alojamento já representava um grande desafio logístico: enquanto que a cidade de Roma proibia a construção de uma tenda para acolher os convidados, cerca de seis mil famílias declaravam-se dispostas a alojá-los nas suas casas. Tratou-se de uma oportunidade única, na qual os jovens se puderem encontrar com muitos bispos e personalidades conhecidas, tal como a Madre Teresa da Calcutá e o Irmão Roger, fundador da comunidade de Taizé.
«Quem afirmou que a juventude actual já não tem interesse nos valores? É verdade que já não se pode contar com ela?», exclamou o Papa polaco, entregando ao mundo um símbolo: uma cruz de madeira gigante, a Cruz da JMJ.
Quando a ONU declarou 1985 como o Ano Internacional da Juventude, Roma decidiu promover outro encontro da juvenil a nível mundial. Cerca de 250 mil peregrinos dirigiram-se a Roma, e uma semana depois do encontro, o Santo Padre anunciou, de forma inesperada, a instauração duradoura das JMJ.
O Domingo de Ramos de 1986, promovido na capital italiana, assistiu à celebração da primeira JMJ. Em 1987, a Jornada foi organizada em Buenos Aires, na Argentina, numa primeira experiência fora do perímetro urbano de Roma. «Vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja», disse o Santo Padre a cerca de um milhão de jovens que compareceram na JMJ.
Face à enorme afluência de pessoas, ficou instituído que a JMJ passaria a ser promovida, de dois em dois anos, numa cidade alternativa a Roma. Em 1989, 600 mil jovens peregrinaram à cidade espanhola de Santiago da Compostela, onde o Papa João Paulo II os acolheu.

A queda do Muro
Em 1991, 1,5 milhões de pessoas foram à JMJ, que aconteceu na cidade polaca da Czestochowa. A juventude do Leste tinha, depois da queda do Muro de Berlim, a primeira oportunidade de se congregar numa manifestação deste género sem qualquer tipo de censura.
Meio milhão de jovens encontraram-se, em 1993, com o Papa, na cidade americana de Denver. João Paulo II lançou-lhes, então, o seguinte apelo: «Não tenham medo de sair às ruas e de se dirigirem ao público. Não é o momento de ter vergonha do Evangelho. Não tenham medo de abandonar a vossa vida confortável e instalada, e respondam ao desafio de fazer conhecer Cristo na “cidade” moderna».
O maior encontro de pessoas a nível global realizou - se em 1995, em Manila, nas Filipinas. A JMJ reuniu quatro milhões de jovens! Passados dois anos, Paris acolheu quase um milhão de rapazes e raparigas, que ouviram o Santo Padre afirmar o seguinte: «Saiam às ruas do mundo, às ruas da humanidade, e fiquem unidos à Igreja de Jesus Cristo!»

Um novo século
O Jubileu do Ano 2000 transformou-se, igualmente, no Jubileu das JMJ. Perante dois milhões de jovens, congregados em Roma, o Papa polaco declarou, numa perspectiva ecuménica: «O meu pensamento também se dirige aos jovens de outras Igrejas, aqui presentes esta tarde... Que esta Jornada Mundial seja uma nova ocasião de conhecimento recíproco e de súplica comum ao Espírito Santo para implorar o dom da plena unidade de todos os cristãos!»
Dois anos mais tarde, em 2002, a cidade canadiana de Toronto reuniu 800 mil pessoas. O Santo Padre pediu à juventude para contribuir na construção do futuro de toda a humanidade. «Na impressionante Catedral de Colónia veneram - se os três Reis Magos, os órfãos do Oriente que se deixaram guiar pelas estrelas que os levou ao Jesus Cristo. A vossa peregrinação até Colónia começa hoje», dizia o Pontífice.
Realmente, a JMJ de Colónia já começou há dois anos… No Domingo de Ramos de 2003, os jovens canadianos entregaram, na praça de São Pedro, aos amigos alemães a Cruz da JMJ.
Depois de ter percorrido 26 países europeus, a cruz chegou, passado um ano, a Berlim, no Domingo de Ramos de 2004. De seguida, começou o seu “caminho de peregrinação da reconciliação” através da Alemanha, num périplo que termina daqui a seis dias, a 16 de Agosto, data da inauguração da JMJ.







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