Fundamentalismo laicista na Espanha denunciado pelo Card. Julián Herranz, por ocasião
das suas bodas de ouro sacerdotais
O Cardeal Julián Herranz, presidente do Conselho Pontifício para a interpretação dos
Textos Legislativos, manifestou-se contra o que considera ser “fundamentalismo laicista”
na Espanha.
Apontando o dedo às medidas tomadas pelo executivo de Zapatero nos últimos tempos
e a alguns meios de comunicação social, o Cardeal Herranz disse que no seu país “inventam-se
direitos que não existem e negam-se direitos verdadeiros”.
“Quanta cizânia fruto de um apaixonado fundamentalismo laicista e anti-católico, foi
e é semeada por alguns meios de comunicação e por ambientes políticos”, observou na
homilia da missa das suas bodas de ouro sacerdotais. Na cerimónia estiveram presentes
o Núncio Apostólico, D. Manuel Monteiro de Castro, e vários prelados espanhóis.
Na sua intervenção, aquele Cardeal da Cúria Romana lembrou que “tanto João Paulo II
como Bento XVI condenaram, a seu tempo, o fundamentalismo e o absolutismo laicista,
que procura negar, ou pelo menos obstaculizar, a dimensão social da religião e da
fé”.
“Ambos exortam, com as suas palavras, os católicos a viverem responsavelmente a unidade
de vida do cristão, a coerência entre a fé que professamos e as suas consequências
práticas”, concluiu.