2005-08-10 17:27:02

Católicos enfrentam crise na Mauritânia


O único Bispo Católico na Mauritânia pede auxílio, quando o país enfrenta a crise que afecta a África Ocidental.
"Metade da população da Mauritânia está ameaçada pela fome e corre o risco de morrer. Todos os meios deverão ser mobilizados", disse D. Martin Happe durante a sua visita à Ajuda à Igreja que Sofre.
O Bispo Católico na República Muçulmana da Mauritânia partilhou a sua preocupação sobre esta séria crise alimentar que o país vive. "Ainda que todos os cristãos sejam estrangeiros, nós vivemos com os Mauritanos. Desde os anos setenta que a seca é uma calamidade, os campos estão abandonados e as cidades sobrepovoadas. No ano passado tivemos sete invasões de gafanhotos na região de Nouakchott e a seca continuou."
"O estado procura manter a taxa populacional nas pequenas cidades e a Igreja Católica não se põe de parte. Estamos empenhados com a Cáritas local há 30 anos. De momento concentramo-nos mais na formação e nos centros de apoio, permitindo aos agricultores não só sobreviver mas manter-se nas suas zonas rurais sem que tenham de mudar-se para os bairros de lata em Nouakchott.
A Diocese de Nouakchott prepara as comemorações do seu quadragésimo aniversário antes do Natal deste ano. É um testemunho social e religioso do amor de Deus, bondade e justiça para todas as crianças sem distinções, ainda mais nesta situação complexa a que a Mauritânia está sujeita.
Esta única diocese da Mauritânia (750 mil habitantes), com duas paróquias e dois centros missionários, conta com 4000 católicos. Numa população total de 2 milhões e 600 mil habitantes dos quais 99% são muçulmanos, cinco comunidades religiosas, um grupo de padres Espiritanos e 32 irmãs têm a responsabilidade pastoral de apoiar os crentes.







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