Em Moçambique, 87 mil orfãos de sida

Moçambique possui 87 mil órfãos de sida, doença que causou a morte de 70 mil pessoas de várias faixas etárias, maioritarimante adultos, até 2002, indicam dados divulgados peloInstituto Nacional de Estatística(INE) do país. Entre os órfãos, estima-se que 58 mil vivem na região centro, enquanto 21 mil no sul e oito mil no norte de Moçambique, referiu a delegada doINEem Manica, centro, Amélia Nakhare.
Ainda na região centro, com uma taxa de prevalência de 16 por cento, foram registados até ao momento 44 mil óbitos devido à sida, contra 17.900 do sul, que detém 14 por cento de doentes. A região norte do país registou no mesmo período 6.600 mortes em consequência da sida, e tem uma taxa de prevalência de oito por cento, disse ainda a responsável doINEem Manica.
As províncias de Sofala (com 26 por cento), Manica (19 por cento), Tete (14 por cento) e Zambézia (12 por cento), todas do centro do país, são as mais afectadas de Moçambique, refere igualmente o INE. A região sul do país apresenta a segunda maior taxa de seropositivos, de mortes e de órfãos, sendo liderada pela província de Maputo, com uma taxa de 17 por cento, seguida de Gaza, com 15 por cento e Inhambane com oito por cento.
Na zona norte de Moçambique, Niassa é a província com maior índice de seropositivos, registando actualmente 11 por cento, enquanto Cabo Delgado apresenta oito por cento e
Nampula sete por cento, indicam igualmente dados do INE divulgados terça-feira. Dados oficiais referem que 14 por cento da população adulta em Moçambique é portadora do vírus da sida, uma cifra que poderá aumentar nos próximos anos se os programas de prevenção não surtirem efeitos desejados.