Delegação ecuménica defende solução negociada para a crise no Zimbabwe
O Conselho das Igrejas sul-africanas lançou um apelo às negociações entre as forças
políticas no Zimbabwe, como forma de ajudar as vítimas do programa de “limpeza social”
do governo de Robert Mugabe. A operação de limpeza “Murambatsvina” (“Restaurar a ordem”),
nos bairros de lata de Harare, fora criticada por uma delegação ecuménica sul-africana
que visitou recentemente o País.
O Zimbabwe está mergulhado numa grave crise social, política e económica, recentemente
agravada pelo processo de destruição de bairros ilegais.
O governo do Zimbabwe diz que a remoção das casas e a desapropriação das terras fazem
parte da luta contra o crime. A ONU revela que 700 mil pessoas foram desalojadas.
As Igrejas cristãs da África do Sul manifestam-se agora preocupadas em “assegurar
a subsistência do povo do Zimbabwe a longo prazo”, algo que passa, obrigatoriamente,
pela resolução dos problemas políticos e económicos do país.
Os líderes religiosos asseguram que irão encontrar-se proximamente com o presidente
sul-africano, Thabo Mbeki, para fazer um ponto da situação, à imagem do que acontecera
após a sua última visita ao Zimbabwe, no mês passado.