2005-08-01 16:01:09

Apelos pela paz 60 anos depois de Hiroshima


O Conselho das Igrejas Cristãs em França (Cecef) publicou neste dia 1 de Agosto uma declaração conjunta na qual pede que sejam dados à ONU “os meios necessários para cumprir a sua missão de paz”, 60 anos depois das bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki, no Japão.
“Apelamos à responsabilidade dos chefes de Estado e de Governo para que, na Cimeira das Nações Unidas que os reunirá em Nova Iorque, no próximo mês de Setembro, dêem à organização os meios necessários para cumprir a sua missão essencial de guardiã da paz e da segurança internacional”, refere o comunicado.
Os representantes católicos, protestantes e ortodoxos lamentam, por outro lado, o fracasso da VI conferência de revisão do tratado de Não Proliferação Nuclear (2 a 27 de Maio). Esta foi um fracasso total, sem sequer uma declaração final, por causa dos vetos cruzados dos vários Países.
A ausência de acordo e a recusa das 5 grandes potências nucleares em reduzir o seu arsenal e a não adesão ao Tratado por parte de países com armas nucleares “são ameaças que pairam sobre toda a humanidade”, refere o Cecef.
Nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram completamente devastadas em alguns segundos por bombas atómicas dos EUA. Ao cumprir-se o sexagésimo aniversário da queda das bombas, a Igreja Católica no Japaão apelou ao país para aprender com as lições do passado e intensificar o compromisso com a reconciliação.
No documento que os bispos prepararam para este aniversário pede-se que “a Igreja Católica no Japão tenha consciência do seu papel profético, tanto na missão de protecção da vida humana como para pedir perdão a Deus e a todas as pessoas que tiveram que suportar um imenso sofrimento durante a II Guerra Mundial”.
A mensagem, publicada antes do “Período católico pela paz no Japão”, que coincidirá com as datas em que as bombas explodiram (6 e 15 de Agosto), convida os fiéis a «intensificar as suas orações pela paz no mundo e promover iniciativas concretas para a solução pacífica dos conflitos».
“O povo japonês aprendeu a aceitar a sua história, feita de invasões e violentas colonizações. Convém reflectir sobre isto, voltando a empreender o caminho”, menciona o documento.
No dia 6 de Agosto, o Bispo de Hiroshima, D. Joseph Atsumi Misue, presidirá, na catedral da cidade, a uma missa solene em sufrágio pelas vítimas das bombas atómicas. A cerimónia contará com a participação de católicos de todas as dioceses do país, especialmente de Nagasaki, cidade bombardeada a 9 de Agosto de 1945.







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