"O crime e a insegurança no Quénia devem acabar agora!" Este é o apelo lançado pelos
Bispos quenianos após o assassinato de D. Luigi Locati, a 14 de Julho, na sua Diocese.
Angustiados, alarmados, perturbados, comovidos, chocados: na declaração, os Bispos
do país africano exprimem toda a sua revolta e indignação pelo assassinato do vigário
apostólico de Isiolo e pelos recentes conflitos entre as comunidades Gabra e Borana
no distrito de Marsabit, que provocaram a morte de 92 pessoas.
Os Bispos reclamam uma acção imediata e coordenada de instituições, polícias, sociedade
civil e meios de comunicação contra o crime e a insegurança no país.
O próprio governo, através do Ministério da Segurança Interna, é chamado a defender
com força e determinação as vidas e os bens dos quenianos, reforçando os meios à disposição
e as condições de trabalho da polícia. "Sabemos - escrevem os Bispos - que frequentemente
os polícias são subornados, estão mal equipados e descontentes, e não podemos esquecer
que alguns são corruptos, incompetentes e, às vezes, cúmplices dos criminosos."
Concluindo a declaração, a Igreja dirige-se ao Presidente do Quénia, Mwai Kibabi,
para que faça tudo o que está a seu alcance, da melhor maneira possível, para acabar
com a criminalidade e a insegurança no país: "somente assim os quenianos poderão voltar
à serenidade e construir uma ‘Nação que trabalha".