Eleições presidenciais na Guiné Bissau:observadores consideram votação "livre e justa".
Publicação dos resultados nesta quarta feira.
O conjunto das missões de observadores eleitorais à segunda volta das presidenciais
de domingo na Guiné- Bissau considerou a votação "livre, justa e transparente" e
apelou aos candidatos para que aceitem os resultados, que só serão divulgados nesta
quarta-feira.
Num comunicado conjunto, lido pelo chefe da missão de observação eleitoral da Comunidade
de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o são- tomense Luís de Oliveira Viegas, as
delegações signatárias apelaram aos apoiantes e simpatizantes das duas candidaturas
para que mantenham a mesma serenidade demonstrada ao longo do processo eleitoral.As
oito missões internacionais, que enviaram um total de mais de 110 observadores eleitorais,
consideraram ainda que a campanha foi "globalmente positiva", que a organização no
dia da votação foi "correcta", decorrendo de forma "calma e serena", e que todos os
eleitores puderam votar "livremente e em consciência".
Além da CPLP, assinaram o documento a União Africana (UA), a Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Económica e Monetária Oeste Africana
(UEMOA), a Organização Internacional de Francofonia (OIF), o Encontro Africano para
a Defesa dos Direitos Humanos (RADDHA), o Fórum da Sociedade Civil da África Ocidental
(FOSCAO) e ainda os Estados Unidos.No curto comunicado, os signatários felicitaram
também o povo guineense e a sociedade civil local pela "maturidade" demonstrada, bem
como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) pela "boa organização" do processo eleitoral.
As oito instituições congratularam-se ainda com a "óptima coordenação" das acções
dos observadores internacionais, a cargo do representante do secretário-geral da ONU
e também chefe do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau
(UNOGBIS), o coronel moçambicano João Bernardo Honwana.Horas antes deste comunicado,
a União Europeia (EU), que enviou para a Guiné-Bissau cerca de 90 observadores, tinha
chegado à mesma conclusão, indicando que todo o processo eleitoral cumpriu os critérios
definidos pelos "25" para que se possa considerar que decorreu de forma "democrática,
livre, justa e transparente".
Á votação, para a qual estavam inscritos 538.471 eleitores, apresentaram-se dois candidatos,
Malam Bacai Sanha e João Bernardo "Nino" Vieira, que disputam a sucessão de Henrique
Rosa.