ONU pede combate aos incêndios mediante campanhas de prevenção e sensibilização

A agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) instou esta segunda-feira os países mediterrâneos a combater os incêndios mediante campanhas de prevenção e sensibilização e anunciou que está a ajudar Portugal e Itália a lançarem iniciativas deste tipo.
Segundo fez saber a FAO, a Síria e Bulgária já estão a desenvolver, com o seu apoio, campanhas nacionais de prevenção. A agência sublinhou que as estratégias de sensibilização e prevenção são muito mais baratas do que os meios necessários para extinguir incêndios uma vez declarados e reiterou a proibição total de fazer fogo em espaços abertos.
A FAO fez um pedido aos governos para que preparem directrizes para a gestão dos incêndios e destinem recursos para a consciencialização. «As autoridades deveriam destinar a este tipo de campanhas parte dos recursos que investem nas equipas de extinção de incêndios», indica um comunicado a agência da ONU.
Também realçou que é necessário «um sistema de alerta para manter a população informada sobre o risco de incêndios durante os períodos mais críticos, como o Verão». «A realização de fogos ao ar livre deveria ser proibida terminantemente», aconselha a FAO.
Segundo dados deste organismo, o fogo destrói todos os anos 700.000 hectares na região mediterrânea, que sofre mais de 100.000 incêndios numa só temporada, sendo que em alguns países superam os 20.000.
No ano 2000, uma série de incêndios florestais destruíram mais de 100.000 hectares de bosques na Grécia e Bulgária . Pouco depois, a Grécia empreendeu uma campanha nacional para educar a população e, como consequência, «apenas 10.000 hectares foram pasto das chamas neste país europeu em 2004», indicou o organismo.