2005-07-25 09:54:41

Europa e terrorismo nas palavras do Papa ao Angelus deste domingo


“O contributo que o cristianismo deu e continua a oferecer à construção da Europa” foi recordado com vigor por Bento XVI, neste domingo ao meio-dia, por ocasião da recitação das Ave-Marias, em Les Combes, de Vale de Aosta, nos Alpes italianos, onde se encontra num período de repouso estivo. O Papa convidou os milhares de pessoas presentes - e todos os que o seguiam através da Rádio e da televisão – a rezar “para que as novas gerações, recebendo de Cristo a sua linfa vital, saibam ser nas sociedades europeias fermento de um renovado humanismo”. Não faltou também uma alusão aos “execrandos actos terroristas” dos últimos dias: Bento XVI exortou a “invocar o Omnipotente para que detenha a mão assassina... e converta os corações a pensamentos de reconciliação e de paz”.
Ponto de partida para as palavras do Papa foi a celebração, nestes dias, de diversos santos profundamente ligados à história da Europa: São Tiago (segunda, dia 25), padroeiro de Espanha, cujo túmulo, em Compostela, é desde há tantos séculos meta de peregrinações de todo o continente; Santa Brígida da Suécia, patrono da Europa, ontem comemorada; e ainda S. Bento, outro grande patrono do “velho continente”, celebrado no passado dia 11.
Meditando sobre “o contributo que o cristianismo deu e continua a aferecer à construção da Europa”, Bento XVI evocou uma intervenção do seu predecessor João Paulo II, em 1982, em Santiago de Compostela, quando afirmava: “Eu, Bispo de Roma e Pastor da Igreja universal, daqui te dirijo, ó velha Europa, um grito cheio de amor: “Volta a ti mesma, sê tu mesma! Descobre as tuas origens. Reaviva as tuas raízes. Revive aqueles valores autênticos que fizeram gloriosa a tua história e benéfica a tua presença no meio dos outros continentes”.
Sublinhando que o seu antecessor sempre auspiciou “uma Europa sem fronteiras, que não renegue as suas raízes cristãs sobre as quais surgiu e (que) não renuncie ao autêntico humanismo do Evangelho de Cristo”, Bento XVI observou que tal apelo permanece “bem actual, à luz dos recentes acontecimentos do continente europeu. Recordando a sua próxima peregrinação a outra célebre catedral europeia, de Colónia, para participar na XX Jornada Mundial da Juventude, o Santo Padre exortou à oração:
“Rezemos para que as novas gerações, recebendo de Cristo a sua linfa vital, saibam ser nas sociedades europeias fermento de um renovado humanismo, no qual fé e razão contribuam - em diálogo fecundo – para a promoção do homem e para a edificação da paz autêntica”.

Foi depois da recitação do Angelus que Bento XVI se refeniu às “trágicas notícias de execrandos atentados terroristas que causaram morte, destruição e sofrimento em vários países como o Egipto, a Turquia, o Iraque, a Grã-Bretanha”. “Ao mesmo tempo que confiamos à bondade divina os defuntos, os feridos e os seus entes queridos, vítimas desses gestos que ofendem a Deus e ao homem – afirmou o Papa - invoquemos o Omnipotente para que detenha a mão assassina daqueles que, movidos pelo fanatismo e pelo ódio, os cometeram e converta os seus corações a pensamentos de reconciliação e de paz”.











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