2005-07-14 17:55:43

A Santa Sé exige da ONU mais ajuda para as vitimas do tsunami: agências católicas já disponibilizaram mais de 650 milhões de dólares


Mais de seis meses depois do trágico tsunami que devastou o sudeste asiático, a Santa Sé foi às Nações Unidas pedir que os planos de cooperação não sejam abandonados.
As ajudas necessárias para as populações atingidas e para a reconstrução dos países mais destruídos estiveram no centro do discurso pronunciado pelo Arcebispo Celestino Migliore, representante do Papa na ONU, junto do Conselho Económico e Social deste organismo (ECOSOC).
O observador permanente da Santa Sé recordou a “prontidão” com que a Igreja Católica reagiu ao maremoto, destinando vários milhões de dólares à emergência, sublinhando ainda a “rapidez” dos organismos católicos na concretização de projectos de reconstrução de casas e escolas nas nações atingidas.
“Calcula-se que, globalmente, A Santa Sé e as agências a ela ligadas, disponibilizaram cerca de 650 milhões de dólares para socorrer as populações vitimadas pelo maremoto”, apontou.
Segundo o Núncio na ONU, esses fundos foram destinados às “necessidades mais urgentes”: água potável, alimentos, alojamento e vestuário. “Os refugiados e os deslocados internos, as mulheres e as crianças – particularmente expostas ao tráfico de seres humanos e à exploração - foram os primeiros a ser socorridos”, assegura.
Após a fase de emergência, os fundos foram aplicados em “projectos de reconstrução e reabilitação, como a reconstrução de casas, escolas e hospitais, para além do fornecimento de material para a agricultura e a pesca”.
O Arcebispo destacou a planificação da distribuição dos recursos, referindo que “nas regiões atingidas pelo maremoto, as nossas agências e instituições estudaram soluções específicas para evitar a criação de uma burocracia asfixiante”. Sublinhando a importância da assistência espiritual e religiosa, o Arcebispo Celestino Migliore afirmou que “estamos comprometidos, em todas as circunstâncias, no respeito pelas diferenças religiosas e culturais”.
Em conclusão, o representante da Santa Sé indicou que “a cooperação interna, bilateral, norte-sul e sul-norte, que surgiu nesta ocasião, permitiu colocar em andamento uma plataforma de solidariedade que não deve ser perdida, mas que, pelo contrário, deve continuar, para o bem dos sobreviventes e de todas as populações da região”.







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