A Fundação “Populorum Progressio”, criada por desejo de João Paulo II em 1992, vai
dedicar a sua assembleia anual aos problemas do Peru, o país da América Latina com
pior taxa de educação.
A reunião do Conselho de Administração da Fundação decorrerá de 20 a 24 de Julho,
em Lima, capital do Peru, e contará com a presença do Arcebispo Josef Cordes, presidente
e representante legal da “Populorum Progressio”.
Esta Fundação tem como objectivo prioritário a ajuda económica para “a promoção integral
das comunidades indígenas, mestiças e afro-americanas mais pobres na América Latina”.
A sua direcção é confiada, pelo Papa, ao Conselho Pontifício “Cor Unum”.
Em comunicado divulgado esta quarta feira, a Santa Sé lembra a crise social e económica
que afecta o Peru, referindo “o grave problema do abandono dos campos e da deslocação
de populações inteiras para os aglomerados urbanos, com a consequente formação de
periferias metropolitanas onde não é possível viver”.
“A Fundação ‘Populorum Progressio’ pretende ser um sinal de esperança para essas populações”,
refere a Santa Sé.
Para 2005 estão previstos cerca de 200 projectos de acção social, num total de cerca
de 2 milhões de dólares. Os sectores onde o investimento é maior são a formação, a
agricultura e as microempresas.
“A prioridade à educação para o desenvolvimento é o elemento mais significativo do
compromisso da Igreja nestes países”, explica o comunicado, considerando que “esta
é a educação que favorece a educação integral da pessoa, mesmo em contextos de pobreza
caracterizados pela violência ou pelas miragens da ideologia ou do hedonismo”.
O país que mais contribui com donativos para a Fundação é a Itália, mas são os países
com maior presença indígena que decidem no Conselho de administração qual o fim a
dar aos fundos.