2005-07-11 15:02:30

Líderes religiosos da Grã-Bretanha condenam ataques de Londres: Fátima junta-se a Londres na oração


Os líderes das cinco grandes comunidades religiosas representadas na Grã-Bretanha condenaram ontem numa declaração conjunta os atentados de quinta-feira em Londres.
«Enquanto líderes de diferentes confissões religiosas, juntamo-nos hoje para prestar homenagem à coragem, ao empenho e ao sacrifício, graças aos quais foi ganha a batalha contra o nazismo há 60 anos», declarou o grande rabino da Commonwealth, Jonathan Sachs. «Reunimo-nos também com outro objectivo: manifestar o nosso empenho comum para vencer o terrorismo, que nos foi recordado com uma clareza devastadora pelos acontecimentos dos últimos dias em Londres », afirmou, por seu lado, o presidente do Conselho de Mesquitas e de Imãs britânicos, Zaki Badawi.
«A relação entre as diferentes confissões religiosas é ainda mais forte neste tempo de crise», acrescentou.
Na apresentação da declaração conjunta estavam ainda o mais alto prelado e chefe espiritual da Igreja Anglicana, Rowan Williams, o líder da Igreja Católica na Grã-Bretanha, cardeal Cormac Murphy-O’Connor, e David Coffey, porta-voz das Igrejas Livres, um conjunto de pequenas Igrejas protestantes britânicas.
Esta é a terceira vez que os líderes destas cinco religiões efectuam uma declaração conjunta. As outras duas aconteceram para condenar os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos e para manifestarem as suas reservas face à guerra no Iraque.
Silêncio em Fátima
Milhares de peregrinos rezaram meio minuto em silêncio pelas vítimas dos recentes atentados em Londres, a pedido do Bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva.
O prelado pediu aos peregrinos o momento de silêncio «em solidariedade com os que sofrem ou já partiram», condenando a acção terrorista no centro de Londres.
Pedindo também que se rezasse pelas vítimas dos acidentes rodoviários em Portugal, D. Serafim Ferreira e Silva recordou um dos mandamentos da Lei de Deus — «Não matarás» — como mais uma razão para a condenação clara que a comunidade internacional deve assumir perante qualquer acto terrorista.
O mandamento «não é um conselho, é uma ordem, seja no princípio, no meio ou no fim da vida», afirmou o prelado. Nesse sentido, o momento de oração permitiu, «não apenas, o espírito ficar em paz, mas também o coração em meditação, em solidariedade com as vítimas em Londres».
«Queremos libertar-nos dos terroristas, dos exploradores, dos que fazem a guerra. Queremos a paz», apelou ainda o prelado aos milhares de peregrinos que foram ontem a Fátima para a principal eucaristia de Domingo.







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