2005-07-10 13:57:22

Angelus: Bento XVI pronuncia-se sobre os atentados de Londres. "Parem! Em nome de Deus. ..Que o Senhor toque os seus corações,disse o Papa aos autores dos atentados. Falando de S. Bento cuja festa ocorre nesta segunda feira, o Papa salientou que o nosso tempo precisa de referencias espirituais sólidas


"Parem! Em nome de Deus",. É o apelo de Bento XVI contra o terrorismo dirigido aos autores dos atentados que há três dias feriram o coração da capital britânica.
Nas palavras proferidas neste domingo depois da recitação do Angelus o Papa disse: “sentimos todos uma profunda dor pelos atrozes atentados terroristas de quinta feira passada em Londres”.
Depois o Papa convidou os fiéis a rezar pelas pessoas mortas, pelos feridos e pelos seus queridos. Mas rezemos também - - acrescentou - pelos autores dos atentados para que o Senhor toque os seus corações.
A todos aqueles que fomentam sentimentos de ódio e a todos os que realizam acções terroristas repugnantes, digo: Deus ama a vida que criou, e não a morte"
"Parem! Em nome de Deus"
A espiritualidade de S. Bento indica o caminho da santidade pessoal que é uma autêntica urgência pastoral da nossa época, na qual se adverte a necessidade de ancorar a vida e a historia a referencias espirituais sólidas.
Este o tema do qual Bento XVI falou ás cerca de 40 mil pessoas presentes neste domingo ao meio dia na Praça de S. Pedro para a ultima recitação do Angelus no Vaticano antes da partida para férias em Val d’Aosta no norte da Itália e da transferência para Castelgandolfo.
Amanhã - disse o Papa – ocorre a festa de S. Bento Abade padroeiro da Europa, um Santo que me é particularmente querido como se pode intuir da escolha que fiz do seu nome. Nascido em Norcia por volta do ano de 480, Bento fez os primeiros estudos em Roma, mas desiludido com a vida da cidade retirou-se para Subiaco, servindo-se das ruínas de uma ciclópica vila do imperador Nero. Juntamente com os seus primeiros discípulos construiu alguns mosteiros criando uma comunidade fraterna fundada no primado do amor de Cristo na qual a oração e o trabalho se alternavam harmoniosamente em louvor de Deus. Alguns anos mais tarde, em Montecassino deu uma forma completa a este projecto , colocando-o por escrito na Regra, a única sua obra que chegou até nós.
No meio das cinzas do império romano, Bento, procurando antes de mais o Reino de Deus - prosseguiu o Papa – talvez sem se dar conta lançou a semente de uma nova civilização que se desenvolveria, integrando os valores cristãos com a herança clássica, dum lado, e as culturas germânica e eslava do outro.
Há um aspecto típico da sua espiritualidade - disse depois o Papa – que hoje desejaria sublinhar de maneira particular. Bento não fundou uma instituição monástica finalizada principalmente à evangelização dos povos bárbaros, como outros grandes monges missionários da época, mas indicou aos seus sequazes como objectivo fundamental, ou melhor, único da existência a procura de Deus. Porém ele sabia que quando o crente entra em relação profunda com Deus não se pode contentar em viver de maneira medíocre seguindo uma ética minimalista e uma religiosidade superficial.
Nesta luz compreende-se melhor a expressão que S. Bento tirou de S. Cipriano e que sintetiza na sua Regra o programa da vida dos monges. Não antepor nada ao amor de Cristo. Nisto consiste a santidade, proposta válida para cada cristão e tornada uma autentica urgência pastoral nesta nossa época na qual se adverte a necessidade de ancorar a vida e a historia a sólidas referencias espirituais







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