O cancelamento da divida é um primeiro passo, afirma o Papa numa mensagem em vista
do G8.
Deus destinou a terra e tudo aquilo que contém ao uso de todos os homens e de todos
os povos, e portanto os bens criados devem ser participados equamente por todos. Parte
desta premissa o apelo de Bento XVI em vista do G8 de Gleneagles, Escócia de 6 a 8
de Julho. Num telegrama assinado pelo card. Secretário de Estado Ângelo Sodano e dirigido
ao card. Keith O’Brien, arcebispo de Edimburgo, o Papa louva todos aqueles que participam
na manifestação Make poverty histori (“Faz da pobreza história”) e sublinha que os
povos dos países ricos devem estar prontos para aceitar o peso da redução da divida
dos países pobres e devem solicitar os seis lideres a respeitar o empenho de reduzir
daqui até ao ano de 20015 a pobreza no mundo, sobretudo na África.
Mas para o Papa a cancelamento da divida aos países pobres é apenas um primeiro passo.
De facto unindo-se idealmente ao cortejo deste sábado em Edimburgo, que pede á iminente
cimeira do G8 que assuma um empenho concreto para combater a pobreza, Bento XVI não
deixa de se dirigir aos lideres dos oito países mais ricos do mundo, exortando-os
a assegurar uma melhor distribuição das riquezas mundiais.