2005-06-29 15:04:32

João Paulo II a caminho dos altares: Bento XVI saudou o inicio do processo de beatificação.


Bento XVI que autorizou com uma sua decisão o inicio do processo de beatificação de João Paulo II quis saudar ontem no fim da tarde o inicio real da causa através das câmaras de televisão que transmitiam uma festa em sua honra que teve lugar na Aula das audiências do Vaticano. Fê-lo no fim do seu discurso recordando o “amado predecessor João Paulo II do qual” - disse no momento em que partia um longo e caloroso aplauso – “precisamente hoje inicia o processo de beatificação”.
E facto, no momento em que se concluía esta manifestação no Vaticano o Vigário do Papa para a diocese de Roma Card. Camilo Ruini abria oficialmente na Basílica de São João de Latrão o processo de beatificação de João Paulo II. A cerimonia teve inicio com as primeiras vésperas da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma, e concluiu-se com o convite á oração para implorar graças por intercessão do Servo de Deus o Papa João Paulo II.
O Cardeal Camillo Ruini, vigário do Papa para a Diocese de Roma e presidente do tribunal diocesano encarregado de instruir o processo, desejou que o percurso seja rápido.
“Pedimos ao Senhor, de todo o coração, que a causa de beatificação e de canonização que começou esta tarde possa chegar rapidamente ao seu termo”, declarou o Cardeal Ruini perante milhares de fiéis reunidos no interior e no exterior da Catedral.
No seu discurso, o Vigário de Roma assegurou ainda que é “unânime e universal o convencimento da santidade” do Papa falecido.
O Cardeal sintetizou o legado de João Paulo II através do “seu amor pela humanidade, que o levou a uma obra incansável para evitar as guerras e restabelecer a paz; para assegurar aos povos mais pobres, aos últimos da terra, uma esperança de vida e de desenvolvimento; para defender a dignidade da pessoa, desde a sua concepção até à morte natural”.
O homem da confiança de João Paulo II para a Diocese de Roma destacou o impacto que a II Guerra Mundial teve na vida do Papa polaco, bem como os duros anos do comunismo na Polónia e os ensinamentos de São João da Cruz e Santa Teresa de Jesus.
O Cardeal Ruini precisou que, até ao último momento da sua vida, suas dores foram um testemunho para a humanidade sobre o significado cristão do sofrimento e a morte. “Por isso, os dias das suas exéquias foram para Roma e o mundo, dias de extraordinária unidade, de reconciliação, de abertura da alma a Deus”, acrescentou.







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