"A Igreja uma pátria onde ninguém é estrangeiro" :Bento XVI, domingo, ao meio-dia,
antes do Angelus.
A Igreja é “como uma pátria onde ninguém é estrangeiro”. A comunidade cristã há-de,
portanto, sentir-se próxima de todos os que vivem situações de especial dificuldade
(como os refugiados), adoptando “o mesmo estilo de vida” de Jesus, “o estilo do serviço
atento especialmente às pessoas mais débeis e desfavorecidas”. Tal será o critério
de autenticidade das nossas celebrações eucarísticas. Esta a exortação do Papa, domingo
ao meio-dia, dirigindo-se à multidão de fiéis que enchiam a Praça de São Pedro, para
a recitação do Angelus.
Recordando o “Dia Mundial do Refugiado, promovido pelas Nações Unidas, Bento XVI
quis “chamar a atenção para os problemas daqueles que são forçados a abandonar a Pátria”.
“A coragem de ser refugiado”, o tema deste ano – observou – põe o acento sobre a força
de ânimo que se requer a tem que deixar por vezes até mesmo a família, para escapar
a graves dificuldades e perigos.
“A Comunidade cristã sente-se próxima a todos os que vivem esta dolorosa condição,
esforça-se por apoiá-los e manifesta-lhes de diversos modos o seu interesse e o seu
amor, traduzidos em gestos concretos de solidariedade, para que todos os que se encontram
longe do seu país sintam que a Igreja como uma pátria onde ninguém é estrangeiro”.
“A atenção amorosa dos cristãos para com quem se encontra em dificuldade e o seu
empenho por uma sociedade solidária alimentam-se continuamente com a participação
activa e consciente na Eucaristia. Quem se alimenta com fé de Cristo na mesa eucarística
assimila o seu próprio estilo de vida, que é o estilo do serviço atenteo especialmente
às pessoas mais débeis e desfavorecidas. A caridade activa é, de facto, um critério
que comprova a autenticidade das nossas celebrações litúrgicas”.