Salmo 110: tema da Audiência Geral. Piedade, ternura, justiça, verdade, rectidão, fidelidade, atributos de Deus na historia da salvação, são qualidades a imitar.

“O vento é símbolo do Espírito Santo: esperemos que o Espírito Santo nos abra à compreensão do Salmo 110, que hoje meditamos”: foi com este aparte, alusão ao vento impetuoso que soprava nesta quarta-feira de manhã, em Roma, que Bento XVI deu início à audiência-geral desta semana.
O Papa observou que este Salmo - um “hino de louvor e de acção de graças” - emprega “muitos termos que definem Deus nos seus atributos e na sua obra de salvação”: fala-se nomeadamente de piedade, ternura, justiça, verdade, rectidão, fidelidade, aliança...

Este Salmo 110 – observou ainda o Papa - é “uma oração que se eleva não só do coração do crente, mas também de toda a assembleia litúrgica, indicando numa linguagem bíblica o amor que Deus dedica aos seu povo e gera a salvação. O salmista convida os fiéis a cultivarem “o temor do Senhor”, que não deve inspirar terror ou medo. Este “temor do Senhor” é, antes, “o início da verdadeira sapiência”, “adesão genuína e activa ao Deus libertador”.
Na linguagem bíblica, a “ternura” divina exprime-se através de um termo que alude às “entranhas” maternais do Senhor, mais misericordiosas ainda do que as de uma mãe. Este elo de amor, que une Deus ao seu povo, compreende o dom fundamental do alimento que, na releitura cristã, se identifica com a Eucaristia.

Entre as saudações dirigidas, em variadas línguas, aos grupos de peregrinos presentes, não faltou uma em português:

“Saúdo os peregrinos aqui presentes, de modo especial os visitantes procedentes do Brasil. Faço votos de que tenham uma feliz estadia na Cidade Eterna, e que este encontro com o sucessor de Pedro reforce os seus propósitos de unidade e de comunhão na única fé em Cristo Jesus. A todos, peço a Deus que vos abençoe e vos proteja!”