"Confiamos o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria":Bento XVI ,por ocasião da
recitação do Angelus lançou apelos á paz e diálogo onde se vivem tensões sociais e
politicas, de maneira particular na Bolivia , e á libertação da voluntária italiana
detida como refém no Afganistão
O coração que mais do que qualquer outro é semelhante ao coração de Cristo é sem dúvida
o coração de Maria, Sua Mãe Imaculada e precisamente por isso a liturgia os propõe
juntos á nossa veneração.
Respondendo ao convite dirigido por Nossa Senhora em Fátima, confiamos ao seu coração
imaculado o mundo inteiro,para que experimente o amor misericordioso de Deus e
assim conheça a paz verdadeira.
Bento XVI, da janela dos seus aposentos para a recitação do Angelus deste domingo
recordou, como na linguagem bíblica o coração está a indicar o centro da pessoa, a
sede dos seus sentimentos e das suas intenções.
No coração do Redentor nós adoramos o amor de Deus pela humanidade, a sua vontade
de salvação universal, a sua infinita misericórdia.
Prestar culto ao Sagrado Coração de Cristo significa portanto adorar aquele coração
que depois de nos ter amado ate ao fim, foi trespassado por uma lança e do alto da
cruz derramou sangue e água, fonte inesgotável de vida nova.
A festa do Sagrado Coração de Jesus ( celebrada sexta feira passada) foi também o
dia mundial de oração pela santificação dos sacerdotes, ocasião propicia para rezar
para que os presbíteros nada anteponham ao amor de Cristo. Profundamente devoto do
Coração de Cristo foi o beato João Batista Scalabrini, bispo, padroeiro dos migrantes,
do qual recordamos o centenário da morte no passado dia 1 de Junho.Ele fundou os missionárias
e as missionárias de São Carlos Borromeu, para o anuncio do Evangelho no meio dos
emigrantes italianos.
Recordando este grande bispo- concluiu o Papa –“ dirijo o meu pensamento àqueles que
se encontram longe da pátria e muitas vezes também da família ;faço votos que encontrem
sempre no seu caminho rostos amigos e corações acolhedores, capazes de os sustentarem
nas dificuldades de cada dia”
Após a recitação do Angelus Bento XVI uniu o seu apelo àquele do presidente da Republica
italiana, do presidente do Afganistão e dos povos italiano e afgane para pedir a libertação
da voluntária italiana Clementina Cantoni.A dolorosa experiência– disse o Papa
-que esta nossa irmã está a viver sirva de estimulo para procurar com todos os
meios o pacifico e fraterno entendimento entre os indivíduos e as nações.
O Santo Padre chamou também a atenção dos fiéis e da opinião pública para a gravíssima
crise que a Bolívia está a viver. Este país latino-americano abalado por uma crise
politica e social sem precedentes encontra-se á beira de uma guerra civil.
“Várias regiões do mundo vivem na hora presente - disse Bento XVI - tensões sociais
e politicas, que nalguns casos correm o perigo de se transformarem em graves conflitos.
Neste momento o meu pensamento vai particularmente para a Bolívia e para a preocupante
situação que ali se está a viver. Enquanto convido a rezar por aquela querida população,
confio a Nossa Senhora a minha esperança e o meu apelo para que prevaleçam em todos
a procura do bem comum, o sentido de responsabilidade e a disponibilidade para a diálogo
aberto e leal”.
O Papa falou também do dia do desporto para todos, uma efeméride instituída na Itália
para manter vivos os valores autênticos da actividade desportiva.
Em particular, este ano é sublinhado o laço existente entre o desporto e a natureza,
segundo o tema escolhido pela UNESCO para o dia mundial do Ambiente que ocorre neste
domingo. “Faço votos - acrescentou Bento XVI- que o desporto praticado de maneira sã e harmoniosa
a todos os níveis favoreça a fraternidade e a solidariedade entre as pessoas e o respeito
e a valorização do ambiente natural