Pelo menos 50 pessoas morreram, 11 das quais queimadas vivas, no passado dia 1 de
junho na sequência de confrontos étnicos em duas aldeias da região de Duékué, na
Costa do Marfim. Segundo fontes missionários contactadas pela Rádio Vaticano “todos
temem que rebente uma guerra étnica”.
A violência do passado dia 1 revela o aumento da tensão entre comunidades na zona
ocidental do país. De acordo com o presidente da Câmara da cidade, todos os mortos
pertenciam à etnia guéré, autóctone da região.
Fontes missionárias falam em mais de 10 mil deslocados e acusam governo e militares
de “não quererem a paz” por motivos económicos, ligados à exploração das matérias-primas
no país.
Em Fevereiro deste ano a Conferência Episcopal da Costa do Marfim lançara um alerta
sobre o clima de tensão no país, considerando que “qualquer bloqueio ao processo de
reunificação e pacificação levará, necessariamente, à guerra”. Os prelados pediam
à comunidade internacional que “conjugue esforços com as autoridades nacionais para
promover a paz”.