Na Guiné Bissau Kumba Ialá sob residência vigiada: governo quer saber quem o ajudou.
Kumba Ialá encontrava-se ontem sob residência vigiada, um dia depois da capital guineense
ter sido abalada por incidentes. O Governo da Guiné-Bissau instaurou entretanto um
inquérito "rigoroso" aos acontecimentos da véspera, a aparente tentativa de Kumba
Ialá de regressar à Presidência da República.
O primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior considerou "grave" o que aconteceu, afirmando
que no caso de se tratar de uma tentativa de golpe de Estado, "há penas que estão
previstas no nosso código penal". Poucas horas antes, o Presidente interino, Henrique
Rosa, não teve dúvidas em afirmar que se tratara de um "golpe de Estado falhado".
Aliás, a presidência também anunciou o início de um inquérito aos acontecimentos.
Em declarações à Lusa, o primeiro-ministro guineense realçou o apoio das forças armadas
ao Governo e declarou que os incidentes não deverão pôr em causa a data prevista das
eleições presidenciais, 19 de Junho.
“O povo da Guiné-Bissau é maduro e está mais que decidido em fazer as eleições para
completar o ciclo de transição para continuar a merecer a ajuda da comunidade internacional.
Temos todo um programa e uma agenda política, que culminará com a mesa redonda dos
doadores em Outubro. Por isso, as eleições serão na data prevista”, respondeu.
Entretanto, em Bissau, a situação regressou à normalidade.