2005-05-23 16:35:33

Santa Sé exige luta contra a pornografia


A «ameaça» da pornografia e a vulnerabilidade das crianças ante o fenómeno reclama uma resposta não só de condenação, mas também de diálogo contínuo com o mundo da comunicação, o cinema, as autoridades e o público – afirmou quinta-feira o presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais.
Durante a apresentação em Roma do IV relatório sobre a pornografia na Itália – elaborado por “Eurispes” com o patrocínio do Dicastério Vaticano –, o arcebispo John Patrick Foley recordou as grandes possibilidades de conhecimento e informação proporcionados pelo rápido desenvolvimento do mundo da comunicação. Mas salientou também que os media também criam «novos modelos de comportamento, não sempre edificantes para a dignidade» humana.
O relatório evidencia um mercado da pornografia em contínuo crescimento, tanto em lojas como em publicações, se bem que a televisão a pagamento, o vídeo doméstico e a transmissão on-line registem os maiores níveis de facturação. E cada vez conquistam também mais quota de negócio os vídeo-telefones celulares.
Dois terços dos jovens italianos — entre 15 e 18 anos — acedem a material pornográfico impresso ou on-line, revela o documento, que alerta para a quantidade de menores utilizados nos sítios pornográficos da Internet.
Para o arcebispo John Foley é indispensável «que exista uma verdadeira pedagogia por parte da família, da escola e da sociedade». Importa ainda que os profissionais que trabalham no campo da comunicação definam códigos éticos precisos, inspirados no respeito da dignidade humana, do bem comum e orientados para o desenvolvimento da pessoa humana.
«A pornografia perverte as relações humanas, baseia-se na exploração das pessoas, cria atitudes anti-sociais, anula o sentido moral e não pode levar a relações maduras, pois
se baseia no egoísmo e cria uma autêntica dependência», recordou o arcebispo Foley.
Em 1989 o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais publicou o documento “Pornografia e violência nas comunicações sociais. Uma resposta pastoral”.







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