2005-05-23 15:26:51

O laicismo na Espanha condenado pelo Papa numa mensagem enviada aos bispos e fiéis deste país.


A crise nas relações entre Igreja Católica e Governo na Espanha preocupa seriamente o Vaticano e ontem foi a vez de Bento XVI condenar as “tendências laicas” que marcam o executivo espanhol. Uma posição idêntica tinha sido assumida por João Paulo II, há poucos meses.
“A transmissão da fé e a prática religiosa não podem ser confinadas à esfera puramente privadas”, criticou o Papa numa mensagem enviada aos bispos e fiéis de Espanha reunidos na praça do Pilar de Zaragoza, por ocasião da Peregrinação Nacional pelo Primeiro Centenário da Coroação da Virgem do Pilar e o 150º aniversário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição. A mensagem pede também “que se respeite a liberdade religiosa e a liberdade de consciência de cada pessoa”.
As diversas reformas sociais do actual governo socialista, mormente a legalização das uniões homossexuais, e as suas posições sobre o aborto e a investigação em embriões têm sido contestadas pela Igreja em Espanha.
“A Igreja deve estar disposta a mostrar-se firme nos seus projectos de evangelização e tem de tentar promover o bem comum para todos, quer dizer, o povo e a sociedade, permanecendo fiel à sua verdadeira natureza e missão”, escreveu o Papa. Bento XVI pediu que a Igreja na Espanha “seja compreendida e aceite” nesta mensagem foi lida pelo Núncio na Espanha, o arcebispo português D. Manuel Monteiro de Castro.
O texto referia-se de forma especial à questão da família e da defesa da vida humana como pontos centrais para os cristãos: “na convivência doméstica, a família realiza sua vocação de vida humana e cristã, partilhando as alegrias e expectativas num clima de compreensão e ajuda recíproca”.
“Por isso, o ser humano que nasce, cresce e se forma na família, é capaz de empreender sem incerteza o caminho do bem, sem deixar-se desorientar por modas ou ideologias alienantes da pessoa humana”, acrescenta.







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