2005-05-20 10:59:14

"Não esquecer as atrocidades do nazismo, e construir a paz:este o convite de Bento XVI no final da projecção de um filme sobre a vida de Karol Wojtyla


Após reviver os horrores da Segunda Guerra Mundial com a projeção de um filme sobre a vida de Karol Wojtyla, Bento XVI reconheceu que é necessário explicar aos jovens a inaudita violência à qual pode chegar o desprezo pelo homem.
O filme «Karol, um homem convertido em Papa», baseado num roteiro do jornalista Gian Franco Sviderchoschi, que percorre a vida de João Paulo II até á sua eleição como bispo de Roma, foi projectado em dois capítulos num canal televisivo comercial italiano, durante o ultimo conclave convertendo-se no programa mais visto na Italia no mês de abril.
A primeira parte mostra o que sucedeu na Polônia sob a ocupação nazista, ilustrando a repressão sofrida pelo povo polaco e o genocídio dos judeus.
O filme foi projectado nesta quinta feira á tarde perante milhares de pessoas na Sala Paulo VI no Vaticano.
«Trata-se de crimes atrozes que mostram todo o mal que encerrava a ideologia nazista --reconheceu o Papa num discurso pronunciado após a projeção .
«Como não ler à luz de um providencial desígnio divino o fato de que na cátedra de Pedro sucedeu a um pontífice polaco um cidadão desta terra, a Alemanha, na qual o regime nazista pôde afirmar-se com grande virulência, atacando depois as nações próximas, entre elas em particular a Polónia?», perguntou o Papa Joseph Ratzinger.
«Estes dois Papas, durante a sua juventude --ainda que em frentes opostas e em situações diferentes--, tiveram de conhecer a barbárie da Segunda Guerra Mundial e da demente violência de homens contra homens, de povos contra povos», afirmou.
Bento XVI convidou a não esquecer as atrocidades do nazismo e salientou o dever de recordar sobretudo aos jovens onde leva a violência de quem espezinha o homem.
O pontífice propôs o caminho do perdão como remédio para superar o drama dos conflitos, e recordou a carta de reconciliação que «nos últimos dias do Concílio Vaticano II, aqui em Roma, os bispos polacos entregaram aos bispos alemães», na qual se podiam ler «aquelas famosas palavras que também hoje continuam a ressoar no nosso espírito: “perdoamos e pedimos perdão”».
«Nada pode melhorar o mundo se o mal não é superado, e o mal só pode ser superado com o perdão»,afirmou.
« Que a comum e sincera condenação do nazismo, assim como do comunismo ateu, seja para todos um empenho no sentido de construir sobre o perdão a reconciliação e a paz», RealAudioMP3







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