Igreja Católica reforça colaboração com Conselho MUndial das Igrejas
As relações entre o Vaticano e o Conselho Mundial das Igrejas saíram reforçadas após
a Conferência Ecuménica sobre a Missão e a Evangelização que se celebrou em Atenas
de 9 a 16 de Maio.
Segundo chefe da delegação católica ao encontro, D. Brian Farell, “a Conferência é
um encontro importante, pois favorece o conhecimento e o intercâmbio recíproco, a
reflexão serena, o diálogo”.
“Esta Conferência oferece a esperança de que se possa dar uma convergência nas questões
importantes da missão. Num mundo como o nosso, em rápida transformação, os cristãos
estão obrigados a encontrar uma resposta comum e não cem respostas diferentes, em
rivalidade entre si”, refere o prelado, no seu balanço.
Recentemente foi publicado o relatório final da Comissão especial sobre a participação
ortodoxa no Conselho Mundial das Igrejas, que enfrentou alguns pontos controversos.
Esta foi a primeira vez que um encontro do género decorreu num país de maioria ortodoxa.
Para D. Brian Farrel, este facto tem um “valor simbólico, cheio de possíveis desenvolvimentos”.
A Conferência Ecuménica Mundial sobre Missão e Evangelização reuniu delegados de 340
Igrejas Cristãs. Representantes da Comunhão Anglicana, das Igrejas Ortodoxas e da
Reforma foram acompanhados por Igrejas pentecostais e evangélicas, além da delegação
da Igreja Católica, liderada pelo secretário do Conselho Pontifício para a promoção
da Unidade dos Cristãos.
O Conselho Mundial das Igrejas reúne 347 igrejas procedentes de mais de 120 países
de todos os continentes e da maior parte das tradições cristãs, mas a Igreja Católica
nunca aderiu a ele.
O Conselho Pontifício tem próprios representantes em Genebra e no Departamento para
a Missão e a Evangelização do Conselho Mundial das Igrejas, que organizou esta Conferência.
No organismo Fé e Constituição, também estão presentes doze teólogos católicos, nomeados
pelo Vaticano, existindo ainda um grupo misto de trabalho entre o Conselho Mundial
das Igrejas e a Igreja Católica.