2005-05-16 16:26:51

Carta das mulheres exige respeito pelos direitos e liberdades, e apresenta sugestões para um mundo melhor


A Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade, exigindo respeito pelos direitos e liberdades, chegou a Portugal. A missiva passa por 53 de países e cada um contribui com um quadrado de tecido, representando os valores defendidos.
Uma Carta elaborada por mulheres e que exige respeito pelos direitos e liberdades e condena a exploração, a intolerância e as exclusões está a percorrer meia centena de países. A Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade é acompanhada por uma Manta de Solidariedade, para a qual cada país contribui com um quadrado de tecido, representando os valores que a missiva defende.
O pedaço de tecido português que vai ser cosido à manta é de autoria da estilista Ana Salazar, como explicou uma das organizadoras em Portugal da iniciativa, Sandra Silvestre, da direcção da organização não governamental (ONG) Acção para a Justiça e Paz (AJP). A AJP começou internacionalmente em 1923, durante a primeira guerra mundial, e em Portugal existe desde 1973, mas só foi reconhecida em 1986.
A iniciativa da Carta e da Manta começou há dois meses, a 8 de Março (Dia Internacional da Mulher), em S. Paulo, no Brasil, e vai percorrer 53 países até chegar ao Burkina Faso, a 17 de Outubro. Até agora já percorreu vários países da América do Sul. A Carta foi adoptada em Dezembro de 2004 em Kigali, no Ruanda, pelas delegadas da Marcha Mundial das Mulheres, uma rede mundial de acções feministas que reúne 5.500 grupos de 163 países e territórios que lutam para eliminar a pobreza e a violência contra as mulheres.
A Carta das Mulheres apresenta 31 sugestões para um mundo melhor, sem exploração, opressão, intolerância ou exclusões, baseado na Igualdade, Liberdade, Solidariedade, Justiça e Paz.
A passagem da Carta por cada país, como vai acontecer em Portugal, mulheres de várias organizações preparam acções para difundir o conteúdo do documento. Em Portugal, até ao próximo dia 19, a Carta e a Manta estarão em Lisboa, seguindo para Coimbra e para o Porto e para Caminha, onde passará para Espanha, no dia 20, pelas mãos de uma mulher.







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