O comité de ministros do Conselho da Europa adoptou, ontem, 20 princípios sobre os
procedimentos a observar pelos Estados-membros no regresso forçado de estrangeiros
em situação irregular.
"Trata-se do primeiro texto internacional que aborda todas as etapas do processo de
regresso forçado, desde a constatação da situação irregular ao regresso efectivo",
refere um comunicado do Conselho da Europa, precisando que os princípios directores
em causa incluem normas que já foram adoptadas.
O texto é uma resposta às recentes mortes acidentais de imigrantes ilegais ocorridas
durante o regresso forçado ao país de origem, acrescenta o texto. O comité de ministros,
"preocupado com os riscos de violação" dos direitos fundamentais no regresso forçado
de estrangeiros, considera que os Estados-membros "devem tomar medidas que incentivem
o regresso voluntário".
Em caso de regresso forçado, a lista determina as regras a respeitar, recordando que
"as expulsões colectivas de estrangeiros são proibidas" e que as autoridades devem
ter a certeza de que a pessoa a expulsar não corre risco de morte ou de maus-tratos
no seu país de origem.
O comité de ministros refere também que as pessoas não podem ser expulsas "se estiverem,
por razões de saúde, incapacitadas de viajar". O Conselho da Europa apela aos Estados-membros
para porem em prática mecanismos de controlo eficazes dessas operações.