Guiné Bissau: enviado especial da ONU apela a eleições livres
Congregar todos os esforços para que as eleições presidenciais guineenses, marcadas
para 19 de Junho, decorram de forma "justa e livre" é a missão que Joaquim Chissano,
enviado especial da ONU para a Guiné-Bissau, se propõe durante a sua estadia no país.
Para isso, iniciou ontem uma série de contactos oficiais. "Espero encontrar uma resposta
positiva através do diálogo franco e aberto", afirmou o ex-presidente moçambicano,
escusando-se, todavia, a comentar a actual situação política do país. "Vim inteirar-me
da situação e, a partir daí, ver que passos podem ser dados para que haja um clima
de paz e harmonia", concluiu.
O enviado especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau admitiu ser "óbvio"
que a população e a comunidade internacional estejam preocupadas pelas "incertezas
e apreensão" relativamente ao processo eleitoral no país.
Joaquim Chissano, ex-presidente moçambicano, fez esta observação em declarações à
Imprensa no final de um encontro com o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior.
Antes desse encontro, o enviado especial de Kofi Annan à Guiné-Bissau esteve reunido
com o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) guineense, Soares Sambú, e com a presidente
do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Monteiro.
"As apreensões que a própria sociedade guineense tem em relação à preparação para
as eleições e pelas incertezas que ainda existem levaram o secretário-geral da ONU,
a União Africana e a CEDEAO a achar por bem acompanhar todo o processo", frisou Chissano.