Em Timor Leste apelos ao diálogo: procura-se uma saida para a crise,fonte de preocupação
a nivel internacional.
Timor-Leste vive uma situação que, após 16 dias de manifestações, tende a descomprimir
embora, um simples fósforo possa fazer explodir o barril de pólvora em que estão sentados
o Governo e a comunidade católica. Xanana Gusmão está a tentar tudo para que a normalidade
regresse e conta nessa espinhosa missão com a colaboração quer do Governo de Mari
Alkatiri quer dos bispos de Dili e Baucau.
Mais do que apurar quem tem razão, os poderes civil, militar e religioso do país procuram
agora uma saída para a crise sem que, aos olhos da população, haja vencedores e vencidos.
Nos bastidores continuam as negociações entre o Governo e a Igreja, sabendo-se apenas
que Alkatiri já fez cedências "importantes" que permitirão aos promotores da manifestação
alguns dividendos, o mesmo se passando em sentido contrário.
O Conselho Superior da Polícia timorense garante que "ninguém está interessado em
que haja confrontos".
Por outro lado, o representante do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste,
Sukehiro Hasegawa, reuniu "com o comandante da Polícia, ministros e corpo diplomático
para encontrar uma solução".
Apesar da acalmia, são várias as instituições internacionais que começam a estar fartas
e preocupadas. O Banco Mundial continua de portas fechadas, exemplo que também foi
seguido pela Autoridade Bancária de Pagamentos (Banco Central).